Alberto Braune década de 1940 (parte II)

02/11/2016 19:55:51
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Continuando a nossa caminhada pela Alberto Braune, lado direito, numeração par, na esquina da Rua Duque de Caxias, a “Casa Knust” (hoje, Edifício Mezzaninos), no térreo, a casa comercial, no sobrado a residência da família. Além de ser um armazém de secos e molhados, vendia,  louças, panelas, fogareiros, material para jardinagem, ferragens, selas e  arreios para montaria e os mais variados instrumentos musicais: gaitas, flautas, harmônicas, cavaquinhos, violões. A vitrine ficava na esquina.                                                                                

A seguir, o prédio do Sr. Amaro Pinto Vasconcellos – no sobrado, o dormitório, a “Pensão Amaro”; no térreo, o “Bar e Restaurante Amaro”, onde o genro Constantino Lompreta o auxiliava- ladeado pela “Casa Nasser”, armarinho da libanesa Elmaza Abinasser e de seu filho Amil  Abinasser e por uma barbearia.                                                              

No nº 194, a “Casa Nader” especializada em tecidos, do libanês José Nader Bou Nader que residia com sua esposa D. Maria (a gentil D. Iaiá) e os filhos Geny, José, Gilberto e Maria do Carmo.                                                       

Depois, a entrada da “Vila Eugênio Thurler” (hoje, rua) e na esquina, no nº 200, o “Armazém Santo Antônio” (atual “Lealtex”), especializado em louças de todos os tipos, cristais, porcelanas, bibelôs, artigos para presentes.  Ao lado, a lojinha da libanesa Nede Assad Lopes (minha avó paterna), a “Casa Lopes”, que havia funcionado até 1941, no nº 230 da mesma rua, com uma ampla casa comercial especializada em tecidos, artigos de armarinho, louças e porcelanas, até que faleceu seu filho, o sócio José Rathar Lopes.   

O palacete de Madame Sant’Anna (D. Catarina Iracema Valentim Sant’Anna), de nº 208, soberbo, em meio a um amplo e extenso terreno ajardinado e com muitas fruteiras, atraia a atenção dos passantes, aguçando o seu imaginário. Segundo o saudoso Sr. Othon Gonçalves Pereira, foi construído  por volta de 1894, pela fazendeira, Amélia Dumans e, adquirido pelo Sr. Luís de Moraes Sant’Anna, em 1908.                                                                                                

A seguir, o sobrado de nº 218, do Sr. Emílio Orlando ia sendo demolido, para dar lugar a um prédio constituído de dois andares e do térreo, onde seria inaugurada a “Casa Orlando”, por volta de 1951.  Enquanto ia sendo construído o novo prédio, “A Luva Branca”- loja dos sócios Emílio Orlando e Tuffy Fadel-passou a funcionar, precariamente, nos fundos, assim como a tipografia do Sr. Iaggi.                                                                                            

Continuando, no nº 224, o movimentado “Hotel Friburguense”, em frente à estação ferroviária, de propriedade de Januária (D. Janu) e Ina Macedo, mãe e irmã do famoso diretor do cinema nacional, Watson Macedo.                                        

No  230 – onde funcionou a antiga “Casa Lopes”, de 1928 a 1942- “A Vantajosa”, loja de tecidos  do casal Michel e Manira Assad. Mais tarde, no local, quando Tuffy Fadel desfizesse a sua sociedade com Emílio Orlando, ali instalaria “A Luva Branca”. Anos depois, surgiria a “Casa Moreira” (na atualidade, o Edifício Nede Lopes, com sua galeria).                   

Prosseguindo, uma vila residencial, com três moradias e, ao lado, no nº 232, a propriedade do italiano João Mauro, que tinha um depósito de bebidas nos fundos. A loja era alugada aos irmãos Lo-Bianco, com o tradicional  “Bar Universal” (atualmente, o “Supermercado das Louças”), tendo grande variedade de doces, balas, biscoitos, os inigualáveis “Caramelos Buzy”, conservas, bebidas finas e importados, servindo lanches, café, sucos, refrigerantes. Era o responsável, também, pela fabricação artesanal do apreciado “Talharim Friburgo”, embrião da futura indústria das Massas São Francisco”, na Rua da Baronesa.

A seguir, a barbearia de Anibal Eyer e, no nº 240, a ampla “Sapataria Salomão” (hoje, a loja “Del Fiori”) de Gil Salomão que residia, nos fundos, com a família, a esposa D. Emília e os filhos José Arnoldo, Arminda, Sidney, Gessy e Zilmar.     

Ao lado, no 244, a loja de tecidos  de Antônio Feres Abidala que, com a sua morte, foi assumida por  Alexandre Chini que residia, nos fundos, com sua esposa D. Hermínia e os filhos Geraldo, Neife e Kamal   ( na atualidade, a “M.M.Roupas”).       

Seguindo, no  248, a “Padaria Casa Branca” dos irmãos Fabris e, no sobrado, a residência  da Profa. Georgeta Maia Crelier, Diretora do Grupo Escolar Ribeiro de Almeida ( hoje, IENF) e de seu marido, o Sr. Mário  Crelier; no sobrado seguinte, a residência do proprietário da “Fábrica de Bebidas Santa Rosa”  (na Rua do Arco 33 a 35),do libanês Ibrahim Mussalem e sua família e,no térreo, mais um armarinho de descendentes de libaneses, o da família Assum.           

Prosseguindo, o prédio que deu nome à Rua do Arco, um sobrado, com duas pequenas lojas, na parte térrea e, também, com uma  passagem que ligava a Alberto Braune à Praça do Paissandu. Segundo o saudoso Sr.Othon Gonçalves Pereira, o referido imóvel foi comprado por seu avô materno, o Sr. José Salomoni, em 1895, do Conde de Nova Friburgo (filho do 1º Barão de Nova Friburgo).                                                                                                                 

Continuando, o estabelecimento de João de Lucca, o armazém de Manoel Agostinho, a “Casa Salum” do libanês Chafic Salum. No nº 268, a  “ Farmácia Vieira”, fundada por Alberto Vieira, dotada de consultório médico, que mais tarde se chamaria “ Farmácia Santo Eduardo” e, finalmente, a “Sapataria do Povo”  do Sr. Porfírio Garcia, na esquina da Leuenroth. Era conhecida por “Esquina do Pecado”, por ser o local onde os rapazes se reuniam, à noite, na expectativa da realização de um sonho, de uma fantasia ou de um momento de prazer, na rua em frente, chamada de “Beco da Sofia” ou de “Beco da Oficina”( por ficar atrás das oficinas  da Estação da Leopoldina, hoje, dependências da sede da Prefeitura Municipal).     

Continua….

Parte I: https://www.novafriburgoemfoco.com.br/post/um-passeio-pela-alberto-braune-na-decada-de-1940-p                                                                                                                          

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