Um pouco de mercado e história de TI – Parte I

16/09/2014 15:06:29
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Sou de uma época em que muita gente não sabia para que servia um computador. Quando eu dizia que era um programador, as pessoas ficavam me olhando como se eu fosse um marciano. O uso dos computadores ainda era muito restrito a poucas empresas, e praticamente ninguém tinha um em casa.

Hoje, 3 décadas depois, programas de computador e aplicativos mobile já são até tema de novela das sete. A informatização invadiu todas as demais áreas, não sendo possível hoje existir um escritório de contabilidade, independentemente do seu tamanho, ou mesmo um consultório médico ou dentário sem ao menos um computador. Em paralelo, a Internet também entrou em uma grande parte dos lares do mundo, em todas as diferentes classes econômicas.

Pode ser que essa massificação ainda venha a reverter o quadro negativo de profissionais de TI global, mas tudo leva a crer que as empresas continuarão tendo dificuldades em contratar profissionais para as vagas em aberto por um bom tempo.

Fazer um programa de computador é semelhante a montar um quebra-cabeças. Temos o problema a ser resolvido, que seria montar a imagem que está na tampa da caixa, e em um sistema de computador, por exemplo, fazer um programa que processe as vendas em um controle de estoque informatizado. As peças do quebra-cabeças são como as diversas instruções das linguagens de programação, que devemos encaixar da forma correta, para chegarmos a solução do problema.

Como tentei deixar claro na comparação que fiz, programar não é difícil, mas requer paciência e persistência. Essas são as mesmas características necessárias para outras atividades, como por exemplo, resolver um problema de matemática, mas que infelizmente parecem andar escassas no mundo atual.

Personalidades como Bill Gates, fundador da Microsoft, Mark Zuckerberg do Facebook, e até o cantor Will.i.am chegaram a participar de uma campanha para incentivar o ensino de programação, de tão grande a carência de mão de obra nas empresas de TI.

Em Nova Friburgo, o que é mais preocupante é que cada vez há menos interessados em seguir essa carreira. Pelo menos é o que aparenta, já que diminuiu a quantidade de cursos de graduação de informática, e os que ainda existem, estão formando turmas menores.

O setor de tecnologia se adapta muito bem a nossa cidade, pois é uma indústria limpa, que gera riqueza sem demandar muito espaço físico. Já tivemos iniciativas de tentar transformar Friburgo em um pólo de tecnologia, mas que não alcançaram o objetivo, mesmo tendo ao nosso lado, em Teresópolis, a Alterdata, uma das maiores empresas brasileiras do ramo.

Na semana que vem falarei um pouco mais sobre algumas dessas iniciativas que já foram tentadas por aqui, e também algumas que estão em andamento. Até lá!

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