O NOME ILUSTRE DE UMA FAMÍLIA TRADICIONAL

20/04/2018 17:04:12
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Na primeira metade da década de 1950, era muito comum ser contado “o causo” de um veranista (conforme era chamado o turista, naquela época), que veio passar uma temporada, em Nova Friburgo, fugindo do calor do Rio.  Ao desembarcar na Estação Ferroviária (hoje, sede da Prefeitura Municipal), e alcançar a nossa rua principal, se interessou em saber o nome da mesma, sendo informado de que se chamava Rua Alberto Braune. Caminhou por ela, chegando à Praça XV de Novembro (atual Getúlio Vargas), quando deparou com uma estátua masculina de bronze, em meio às alamedas de eucaliptos, verificando que se tratava do já citado Alberto Braune.

As horas iam se passando, e já se fazia necessário conseguir um hotel ou uma pensão para se hospedar, quando lhe indicaram o luxuoso e confortável “Hotel Sans-Souci”, situado no “Bairro das Braunes”.  Gostou tanto do referido bairro que, alguns dias depois, começou a pensar em adquirir uma propriedade no local. E se o projeto se realizasse, qual o cartório competente para legalizar a transação?  Não demorou muito a receber a resposta: Cartório do 1º  Ofício do Dr. Admário Braune.

E se por estas artimanhas do destino, o veranista tivesse o seu coração unido ao de uma friburguense, por uma flecha de um caprichoso e irresponsável Cupido?  Não haveria problema, era só se dirigir ao Cartório de Registro Civil da 2ª Circunscrição, tendo como Titular, Luiz Fernando Quadros Braune.

A sua permanência ia se prolongando, na nossa região montanhosa, e as temperaturas mais baixas lhe causaram uma constipação, obrigando-o a procurar um médico, sendo encaminhado ao Dr. Sílvio Henrique Braune. Este, por sua vez, achou mais prudente que ele radiografasse o pulmão, o que foi feito pelo radiologista Armando Braune. O paciente retornou ao médico, com o resultado da radiografia, quando foram receitados os medicamentos necessários, adquiridos, na antiga “Farmácia Braune”.

Uma vez recuperado, tomou conhecimento de que no “Cine Teatro Leal” seria encenada uma peça teatral. Não hesitou em comparecer, sendo surpreendido pela “Bandinha Braune”, que se apresentava antes do início do  espetáculo.

Havia um prédio que chamava a sua atenção, pela sua suntuosidade, era o Colégio Nossa Senhora das Dores. Sabedor da beleza de seu jardim interno, da alameda de bambus e da gruta de Nossa Senhora de Lourdes, foi conhecê-los, sendo recebido e ciceroneado pela Irmã Lúcia Quadros Braune.

O tempo de sua estadia ia chegando ao fim, aproximando-se, portanto, a data de seu retorno à capital.  Então, por tudo quanto passara, antes do seu regresso, entrou numa sorveteria  e pediu:

– POR FAVOR, EU QUERO UM SORVETE DUPLO DE BRAUNILHA!…

P.S. O “causo” descrito acima é de autor desconhecido. Criei o título, para mostrar a importância da família Braune.

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