O LOUVOR DA CRIAÇÃO

23/11/2015 10:51:27
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Na Bíblia Sagrada – dentre os livros proféticos que compõem o Antigo Testamento – o  mais interessante é o do Profeta Daniel. Ele começa narrando a tomada de Jerusalém, no ano 605 A.C., por Nabucodonosor, Rei da Babilônia, quando são escolhidos, para o seu serviço,  alguns jovens judeus: Daniel, Ananias, Misael e Azarias.

Os três últimos, anos depois, acabariam por ser lançados numa fornalha de fogo ardente, por se recusarem a prestar culto de adoração a uma estátua de ouro feita por ordem do rei. Por tal fidelidade ao Senhor, um anjo foi enviado e desviou a chama de fogo, fazendo que soprasse uma fresca viração acompanhada de orvalho, e o fogo não os tocou de modo algum. Então, aqueles três jovens bendisseram e glorificaram a Deus, com um longo e belo cântico de louvor  (Capítulo 3, versículos de 52 a 90).    

O citado cântico é uma extensa ladainha de ação de graças, onde Anjos do Senhor, Espíritos de Deus, os seres criados, vivos e inanimados, sol e lua, estrelas do céu, chuvas e orvalhos, plantas que brotam da terra, aves do céu, animais selvagens e rebanhos, filhos dos homens, espíritos e almas dos justos são convidados a bendizer o Senhor. Em nossos dias, o referido hino de louvor não é apenas decantado, nas cerimônias litúrgicas da Paróquia da Ressurreição, no Posto 6, em Copacabana, mas vivenciado por todos os seus fiéis frequentadores, paroquianos adolescentes, jovens, adultos e idosos e até pelos animais. O responsável por tal harmonia é o Padre José Roberto Devellard, o Pároco (que, aos  domingos, celebra Missa, às 8,00 horas, na TV Brasil).  

Ele mantém, nos fundos da igreja, um cercado, onde convivem várias espécies de aves: patos, marrecos, galináceos e até um pavão. Há algum tempo, devido a falhas na tela, algumas galinhas deixavam o seu “habitat”, chegando à nave da igreja, sempre ornamentada de muitas plantas, arranjos de flores, principalmente, de orquídeas.

Certa vez, para dar ao presépio armado, no adro da igreja, por ocasião do Natal, mais naturalidade e leveza, foi colocado um casal de garnisés e seus pintinhos que, tranquilamente, transitavam por entre as vistosas imagens. O mais interessante, digno de toda a admiração, era a atitude de um garboso galo branco, ornado de exuberante plumagem, frequentador da capela do Santíssimo Sacramento. Subia no suporte, onde se encontra o Sacrário, ali permanecendo em atitude respeitosa, imóvel, por um longo tempo. Ninguém o molestava, pois era notório que estava expressando o versículo 80, capítulo 3, do Livro de Daniel, em que todas as aves são convocadas a bendizer o Senhor, louvando-O e bendizendo-O, por todos os séculos.

Com a homenagem e o louvor de uma criaturinha dotada de tão grande inocência e pureza, como Jesus Sacramentado, lá no Sacrário, devia se sentir jubiloso e honrado!…

Infelizmente, nada é para sempre, a vida é breve, e o “nosso irmãozinho”, como diria São Francisco de Assis (reverenciado como uma bela imagem, num recanto da Igreja), não mais se encontra entre nós, mas sua memória está perpetuada.  A sua fotografia ampliada, retratando a sua atitude de adoração, se encontra emoldurada, num lindo quadro, numa das paredes da Matriz da Paróquia da Ressurreição. 

 

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