Homenagem à Imperatriz Leolpoldina

12/04/2017 19:24:31
Compartilhar

Com o passar ininterrupto do tempo, estamos em 2017 quando são comemorados os 220 anos do nascimento da Imperatriz Leopoldina, Arquiduquesa da Áustria, nascida em Viena, em 22 de Janeiro de 1797.

Maria Leopoldina Josefa Carolina de Habsburgo, era filha do imperador germânico Francisco II e I da Áustria e de sua segunda esposa, Maria Tereza Carolina de Bourbon. Sua irmã, Maria Luiza foi a segunda mulher de Napoleão Bonaparte.

Dona Leopoldina recebeu uma educação completa e esmerada até os 20 anos de idade, quando desposou o Príncipe D. Pedro.

O casamento realizado em Viena em 13 de maio de 1817, foi por procuração, e o noivo representado na cerimônia civil, pelo Marquês de Marialva.

Na sua viagem para o Brasil, embarcou na Itália, no Porto de Livorno, chegando, a 5 de novembro de 1817, no Rio de Janeiro. No dia seguinte à sua chegada, teve lugar o casamento religioso.

Como a astronomia, a mineralogia e a botânica muito a interessavam, trouxe para o Brasil grandes naturalistas, como Von Martius e Ipix.

Sendo extremamente simpática, afável e caridosa, em pouco conquistou o apreço de seu sogro D. João VI, a admiração e a estima do povo.

Além de suas qualidades morais era muito culta e inteligente, falando o inglês e o italiano. Dominando várias línguas, não teve dificuldade em aprender o português e, em breve falava e escrevia o nosso idioma com perfeição.

Não descuidava das artes, dedicando-se à pintura e à música, sendo exímia pianista.

Como o marido tocava instrumentos, ela o acompanhava ao piano, principalmente nos saraus realizados no Paço de São Cristovão (Quinta da Boa Vista).

Ela gostava de cavalgar, em companhia do esposo, em passeios pelas alamedas e arredores da Quinta.

Em 1819, nasceu a primeira filha do c sal, Princesa Maria da Glória, que viria a ser Dona Maria II, Rainha de Portugal.

Nos anos seguintes nasceram mais seis crianças: D. Miguel, D. João Carlos (ambos falecidos com menos de 1 ano de idade), Dona Januária, Dona Paula Mariana, Dona Francisca Carolina e D. Pedro de Alcântara, futuro D. Pedro II, Imperador do Brasil.

Dona Leopoldina não era apenas mãe extremosa e esposa dedicada, participava das atividades políticas chegando a ocupar a Regência, quando D. Pedro se ausentava da Corte, para pacificar alguma insurreição ou movimento de animosidade nas Províncias de Minas e de São Paulo.

Foi quando D. Pedro se encontrava nessa última, e Dona Leopoldina presidia o Conselho de Ministros, que chegaram notícias das Cortes de Lisboa destituindo a autoridade do Príncipe Regente e retirando das províncias a obrigação de lhe prestar obediência. Por fim, exigiam a sua volta a Portugal.

A Princesa Leopoldina e o Ministro José Bonifácio escreveram cartas a D. Pedro, dando-lhe ciência dos acontecimentos, e enviaram correspondência pelo correio oficial, Paulo Emílio Bregaro.

Ciente dos fatos e indignado com tal situação, o Príncipe D. Pedro não hesitou e separou o Brasil de Portugal. Era o dia 7 de setembro de 1822.
Pela sua atuação no movimento em prol da independência, como partidária importante e incentivadora de destaque, Dona Leopoldina ficou conhecida como “Paladina da Independência”.

Foi levando em conta as cores da preferência de primeira Imperatriz – o verde e o amarelo – que o pintor francês, Debret, criou a bandeira do Império do Brasil.

Lamentável que tão magnânima soberana tenha ocupado o trono do Brasil por tão pouco tempo, pois faleceu aos 29 anos de idade, em 11 de dezembro de 1826, no Paço de São Cristovão, no Rio de Janeiro.

O que nos consola é a convicção de que se o Senhor tão cedo a levou de um reino terreno, foi para coroá-la no reino celeste, magnífico, eterno e imperecível.

Compartilhar