Friburgo e o trânsito

20/08/2015 14:49:30
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A gente que é friburguense mais antigo, de vez em quando se lembra da época em que o esporte principal do prefeito recém-eleito era fazer mudanças radicais no trânsito. Se a Alberto Braune tinha sentido pra baixo e fosse eleito o opositor, era dado como certo que a avenida principal teria sua mão invertida. Isso fala muito da onipotência dos nossos governantes, porque sabem que o trânsito mexe com a vida de todos.

Há um detalhe pequeno na questão do trânsito em Nova Friburgo, um detalhe aparentado com os problemas do Brasil: a educação. Melhor dizendo, a falta dela. Hoje o número de carros e ônibus aumentou e o de motos, então, é violentamente maior. Ainda têm os taxistas, um capítulo a parte. Algo que faria a maior diferença seria educar e re-educar os motoristas. Você já percebeu a quantidade de motoristas friburguenses que prefere trafegar pelo lado esquerdo da pista? Chega a ser engraçado ter o lado direito todo livre, enquanto os carros se enfileiram na pista da esquerda.

Os anos passaram, mas os problemas de circulação de automóveis nesta cidade encravada no vale só fizeram aumentar. Agora a prefeitura diminui algumas calçadas grandes no entorno do Paissandu. Parece inteligente. De certa forma, sim, cabem mais carros em alguns trechos, e o gargalo é empurrado para mais adiante. Torço para que funcione, mas não estou bem certa, porque a cidade, em si, é um grande funil. E tem o motorista, né, aquele cidadão que está no controle do carro.

O tempo passou, mas a cabeça do motorista friburguense não evoluiu. É como se ele se negasse a aceitar que a cidade não é mais aquela, a de antigamente. Na Eugênio Muller, por exemplo, há alguns anos a prefeitura proibiu o estacionamento em um dos lados da avenida, para melhorar o fluxo. Mas o pessoal continua dirigindo em fila indiana! Fazer o quê? Educação é preciso, Sr. Prefeito!

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