Com a flexibilização da economia em Nova Friburgo, os cinemas foram liberados desde que cumpram as regras que ainda são pesadas por proibir o consumo de alimentos e bebidas, uma vez que a bomboniere é uma fonte essencial de renda para os exibidores. Como foram muitos meses de salas fechadas, todos os filmes em cartaz são estreias em nossa cidade. Para que a coluna não fique muito longa, farei uma crítica resumida de cada filme.
A principal estreia que chega em Nova Friburgo é Cruella. Muita expectativa se criou desde o anúncio de mais uma produção sobre uma personagem tão icônica que anteriormente havia sido interpretada por ninguém menos do que Glenn Close. Mas a Disney sabe bem a fórmula para atrair o público com roteiros empolgantes, um pouco de renovação e sempre entregando um belo espetáculo visual. O enredo conta a tradicional história da origem da vilã, desde a sua infância até o momento da sua virada de mesa. No elenco Emma Stone interpreta a Cruella de Vil rivalizando com a Emma Thompson que faz a Baronesa, ambas impecáveis e maravilhosas. O figurino é estiloso, espalhafatoso e multicolorido, e toda a arte do filme é digna do universo Disney. Um dos grandes destaques são as canções originais com direito a The Doors na entrada triunfal da Baronesa. Cruella não é um filme perfeito mas não tem como não gostar! Sejam as crianças ou mesmo os adultos, todos vão se identificar com a vilã carismática, e esse é o grande acerto desta produção. Vale muito o ingresso e a indicação etária é para maiores de 12 anos.
Estreia também uma das maiores franquias de terror dos últimos tempos, Invocação do Mal 3 – A Ordem do Demônio. Para os fãs do gênero, esse é mais um presente da longa lista do cineasta James Wan, o idealizador desta e de muitos outros sucessos como Jogos Mortais e Invocação do Mal. Desta vez o casal interpretado por Vera Farmiga e Patrick Wilson precisam inocentar um jovem rapaz que cometeu um crime horrível quando estava possuído por um demônio. O diretor Michael Chaves consegue agarrar bem a narrativa investigativa e entrega um bom trabalho. A produção de arte também merece destaque, assim como a fotografia, essenciais para o gênero terror. Vai agradar ao público, até mesmo quem não conhece a franquia. Vale muito o ingresso e a indicação etária é para maiores de 14 anos.
Outra estreia desta semana é Alice e Peter: Onde Nascem os Sonhos. Essa é aquela produção que nos leva de volta a infância, ao lúdico e ao universo mágico da fantasia. Só em imaginar Peter Pan e Alice, aquela do país das maravilhas juntos, como irmãos, já fica claro como esta produção buscou a imaginação e os contos de fadas como inspiração. O filme tem as presença marcantes de David Oyelowo e Angelina Jolie, assim como Gugu Mbatha-Raw e Keira Chansa, ambas como Alice, e Jordan A. Nash como Peter antes de ser Pan. Além de estarem ótimos nos papéis, Alice e Peter são negros o que soma de muitas formas. Belo, inspirador e comovente, é uma ótima opção para a família. Vale muito o ingresso e a indicação etária é para maiores de 12 anos.
Finalmente chega aos cinemas de Nova Friburgo Godzilla Vs. Kong. Gostando ou não de monstro gigantes destruindo prédio em lutas colossais, este filme pode surpreender a muitos pelo enredo bem estruturado voltado para a ficção científica, e pelas raízes dos titãs serem preservadas. O enredo não importa muito, vale pelo visual e pela luta épica anunciada desde o início. O filme conta com efeitos de CGI que oscilam um pouco, em momentos muito realistas e outros nem tanto. Millie Bobby Brown (Stranger Things), Alexander Skarsgård (Big Little Lies) e Rebecca Hall (Vicky Cristina Barcelona) esbanjam carisma mesmo estando no automático, mas dentro das expectativas da proposta. É diversão certa que vai agradar ao público geek e a todos que buscam entretenimento simples e com qualidade. Vale sim o ingresso e a indicação etária é para maiores de 12 anos.
Por fim, estreia a animação da DreamWorks, Spirit – O Indomável. Primeiramente, duas observações precisam ser feitas. Por mais que remeta a produção de 2002 Spirit – o corcel indomável, não devemos fazer qualquer comparação. A outra questão importante é que essa produção foi realizada durante a pandemia e os recursos foram bem mais modestos. Se de um lado limitou visualmente o filme, do outro deixou claro que é possível trabalhar com limitações e entregar um bom resultado. O enredo não tem novidades para apresentar, usa clichês e maneirismos para caracterizar as personagens além de contar a mesma história de sempre. Ainda assim, vai agradar as crianças, mas em tempos normais, iria direto para as prateleiras ou para as plataformas de streaming. Vale como diversão e a indicação etária é livre.
