Filmes da semana 29/06 até 05/07

30/06/2018 11:59:54
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Estreia esta semana nos cinemas em Nova Friburgo o aguardado, Os Incríveis 2. Há duas décadas, a animação ganhava uma nova abordagem narrativa impulsionada pelos novos recursos técnicos. O nome também mudou, afinal, não podia mas ser chamado de desenho animado. Liderada pela Pixar, foi a retomada de um gênero de vital importância para a indústria, e muito apreciado pelo público de todas as idades. Os Incríveis, que entrou em cartaz em dezembro de 2004, fez parte dessa nova fase, e é considerado por muitos, como a melhor animação dos últimos tempos. Não somente pela qualidade da produção e roteiro, mas principalmente por agradar a todos, com uma linguagem capaz de comunicação com praticamente qualquer público. Por isso, uma continuação era tão aguardada, até porque, praticamente todas as outras animações da mesma época renderam nova histórias. Claro que seria um desafio difícil, mas valeu a espera. Os Incríveis 2 segue a narrativa do original buscando referências em filmes clássicos de ação e espionagem dos anos 70 e 80. Desta vez o protagonismo é da Helena, a Mulher Elástica, fazendo uma inversão de tarefas com o Roberto, que fica com a complicada função de cuidar da família. São as mulheres quem movem as ações. Como no original, o filme desenvolve ótimas sequências de ação e boas piadas, mas não consegue trazer nada novo. Outro problema é o vilão pouco expressivo que, ao se revelar, cria mais decepção do que surpresa. Segue ainda a magnífica trilha sonora executada por uma Big Band que abusa, sempre com maestria, dos tempos musicais e instrumentos de sopro. É uma continuação muito bem vinda, mas que se fechou em uma fórmula. Claro que o grande espaço de tempo certamente deve ter influenciado para se fazer mais do mesmo, isso é compreensível, esperável e até desejável. Vai agradar de qualquer forma, mas não vai marcar como o primeiro filme. Vale muito o ingresso e a indicação etária é para maiores de 12 anos.

A outra estreia desta semana em Nova Friburgo é Sexy por Acidente. O filme é a típica comédia de costumes recheada de clichês e mensagens positivas, que tenta criticar a estética da magreza, mas falha por trilhar os caminhos mais fáceis. É o mesmo enredo de sempre, uma moça insatisfeita com sua aparência, faz de tudo para ser mais aceita é valorizada e, após um pequeno acidente com uma pancada na cabeça, ela passa a se ver diferente e, dotada de uma nova autoestima, consegue adentrar a um universo de moda e glamour. A ideia por trás de tudo isso, é que a protagonista não mudou de fato, mas sim a forma como ela se enxerga. O problema foram os exageros, alguns desleixos e o pior pesadelo de uma comédia, não é engraçada. Amy Schumer faz a protagonista em uma atuação esforçada enquanto Michelle Willians está irreconhecível, não visualmente, mas pelo conjunto da obra. O filme é bem intencionado e nasceu de uma boa sacada, mas deixa muito a desejar como comédia. Além disso, o roteiro é preguiçoso, tudo é muito óbvio, e a curva dramática da protagonista seguem padrões usados a vinte, talvez trinta anos atrás, daquelas comédias “sessão da tarde”. As críticas aos padrões podem ser os mesmos há décadas, mas muita coisa mudou. A boa mensagem de vivermos bem como somos, independente do que é imposto, faz valer o ingresso. É entretenimento simples e esquecível, mas que pode ser apreciado na falta do que fazer. A indicação etária é para maiores de 12 anos.

Sugestão:
Para assistir em casa, a dica desta semana vai para Holy Motors. Uma fantasia que mistura drama, musical e romance, em uma obra que desafia os sentidos, a compreensão e nossa própria condição.

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