Filmes da semana 29/05 até 04/06

29/05/2015 10:16:56
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Entra em cartaz esta semana o filme Terremoto: A Falha de San Andreas. Trata-se, como o próprio título sugere, de mais um exemplar do cinema catástrofe com todos os elementos e formas narrativas já conhecidas. No filme Dwayne Johnson é um bombeiro que luta para salvar a ex mulher, a filha, o papagaio, o gato e tudo mais de uma tragédia na California. Simples assim. O filme não tem pudor de ser repetitivo, exagerado e de utilizar todos os clichês imagináveis. Temos sempre a impressão de que o roteirista se reuniu com a equipe de produção e combinaram que: vamos fazer um filme com terremotos, Los Angeles é claro, vamos destruir tudo e precisamos do herói, de conflito emocional, por isso ex mulher, a menina indefesa e o cientista para posicionar o público. O que segue daí é a exaltação de valores, patriotismo, coragem e união. Uma fórmula que estamos cansados de ver mas que funciona. Os efeitos especiais são bons, apesar de quase chegarem a uma overdose, o que cansa. As cenas de ação são bem feitas e Johnson, sempre carismático, certamente foi a escolha correta. A verdade é que o filme cumpre o que promete. Ação desde o início, draminhas bobos e a destruição da California. Tudo isso em 3D, mas só no Cadima. Vale sim o ingresso, principalmente para curtir o cinema como entretenimento. A indicação etária é para 12 anos.

A outra estreia da semana é Trocando os Pés. Adam Sandler mais uma vez tenta escapar do trapalhão e se arrisca em um papel mais dramático. A premissa do enredo se baseia no pensamento de que não se pode julgar ou conhecer alguém sem estar em seus sapatos. Daí tudo se desenvolve. Sandler descobre que a máquina de costura antiga é mágica e quando ele calça os sapatos costurados com ela, ele se transforma na pessoa dona dos sapatos. Com um pouco de fábula, comédia e drama, o filme é previsível e quase tosco. As atuações são estereotipadas além do crível, as situações são bobas e as soluções beiram o Deus ex machina. Não salva o filme, mas as poucas aparições de Dustin Hoffman dão um pouco de alento em mais de uma hora e meia de exibição. Nada contra nem a favor de Adam Sandler, mas a visão crítica me convence de que este filme nada acrescenta para a sua carreira e ainda cria uma interrogação. O roteiro lembra alguns filmes brasileiros que não sabem o que querem, nem para onde ir e se agarram a tantos temas que se perdem. Vale o ingresso só mesmo para quem gosta de Sandler. A indicação etária é para 14 anos, mas não tem nada de mais e pode ser visto por toda família.

Sugestão: A dica para ver um bom filme em casa é para Camille Claudel de Bruno Dumont. Um drama maravilhosamente interpretado por Juliette Binoche sobre os momentos da escultora em um manicômio. Vale pela intensidade, leveza e complexidade da personagem.


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