A única estreia desta semana nos cinemas em Nova Friburgo é o aguardado Thor: Ragnarok. Primeiramente precisamos combinar que até aqui, os filmes da nova safra do Thor foram chatos e sofríveis. Na verdade, vimos pelos motivos errados e, qualquer motivo que não seja o de ver um bom filme, é errado. Foi aí que a Marvel resolveu dar espaço para um cineasta “alternativo” e chamaram o Taika David Waititi de “O Que Fazemos Nas Sombras e Boy”. O resultado não poderia ter sido melhor, principalmente pela pegada de humor e ação em um filme que se preocupou em divertir sem se levar tão a sério. O enredo é sempre o mesmo, Thor precisa salvar Asgard da destruição, mas vai enfrentar uma sequencia de desafios e unir força com amigos e inimigos para enfrentar um mal maior. O elenco é uma atração em si. Chris Hemswortth faz o seu melhor Thor, até pela força cômica que foi atribuída à personagem e ainda compõe uma química perfeita com Tom Hiddleston, o irmão Loki. Mark Rufalo sempre bem, reforça os poucos momentos dramáticos e Tessa Thompson faz uma personagem questionada pelos fãs, a Valkyrie, com desenvoltura bem aproveitada pela trama. O show fica por conta de Jeff Goldblum, que usa toda a sua irreverência e humor roubando a cena, e a incrível Cate Blanchett que, apesar de problemas com a profundidade da personagem, faz uma vilã impecável. Na verdade o tendão ruim da Marvel sempre foram os vilões meia boca. Destaque ainda para os efeitos em CGI, principalmente por não tornarem as cenas de ação confusas, e a trilha sonora “Score” que criar uma atmosfera eletrônica, harmonicamente relevante e com grande força narrativa, bem na linha de Tron. Ainda sobre os pontos fortes, a estética do filme é inspirada nos anos 80, algo que está na moda, sem ser declaradamente vintage. Quanto ao Hulk, não poderia deixa-lo de lado, Bruce Banner e o gigante verde entram em um ciclo de duas personas em uma mesma personagem. O Hulk fala e aparece boa parte do filme, enquanto Bruce já tem dúvidas se que está no controle e até suspeita de poder não mais voltar. O médico e o monstro na versão Marvel. Não poderia deixar de citar as participações de Anthony Hopkins e Benedict Cumberbatch que completam um elenco de estrelas. Muitos fãs podem ter reclamações por ser um filme voltado para a comédia, mas esse é o grande trunfo do roteiro que seguiu por uma linha descontraída sem se levar muito a sério. É um filme longo, com mais de 130 minutos e que ainda conta com duas cenas após os créditos, que pouco acrescenta para os grupo dos Vingadores, mas que cria mais uma linha narrativa para o universo Marvel e que acerta pelo conjunto da obra. Vale muito o ingresso e a indicação etária é para maiores de 12 anos.
Sugestão:
Para assistir em casa, a dica desta semana não poderia ser outra que não, a nova temporada de Stranger Things. A maior aposta da Netflix finalmente é lançada com mesmo elenco da primeira temporada. Para muitos, esse vai ser um final de semana para ficar grudado até terminarem os nove episódios. Não esqueçam da pipoca, a maratona vai ser longa.
