Estreia esta semana nos cinemas Missão: Impossível – Efeito Fallout. O sucesso desta franquia se explica por alguns pontos interessantes: Humor inteligente e elegante; locações belas e luxuosas; ação com as mãos na massa, e a missão, quase impossível, de cada sequencia superar a anterior. Christopher McQuarrie, já conhecido por dirigir Missões Impossíveis anteriores, sabe bem como a coisa toda e funciona aceitou novamente a missão de roteirizar e dirigir Tom Cruise e toda turma no que, possivelmente, é o melhor filme da franquia. A trama é simples e segue a cartilha do vilão clássico. Desta vez Ethan Hunt vai encarar novamente Solomon Lane e um grupo terrorista que realizam atentados em locais ligados a religiões. São muitos os acertos do diretor e de toda equipe de produção. O aproveitamento das locações, principalmente na França impressionam. A Visceralidade das cenas consegue aproximar o público da tela e grande parte desse mérito vai para o Tom Cruise, que realiza mesmo as cenas mais perigosas. Isso possibilita planos mais aproximados e realistas. Vale destacar ainda, a acertada decisão de manter a cena em que Cruise quebra o tornozelo. Acerto também pelo maior destaque para mulheres e as diversas referências, questionamentos e soluções. Tom Cruise tem sangue nos olhos, Henry Cavill (Superman) faz um bom jogo com Cruise e surpreende, Simon Pegg e Ving Chames esbanjam carisma e as meninas Rebecca Ferguson, Michelle Monaghan e Vanessa Kirby dão um tom diferente e apontam novos caminhos para a franquia. Destaque para a cena da briga no banheiro e toda a sequência da perseguição com helicópteros. Entretenimento de primeira qualidade, feito por pessoas que estão comprometidas com o projeto, sabendo olhar para o passado e criar um futuro, realizando um filme de ação grandioso. Um presente para os fãs e o público em geral. Vale muito o ingresso e a indicação etária é para maiores de 14 anos.
A outra estreia desta semana é Todo Dia. Adaptado do livro de David Levithan, esse romance dramático parte de uma ótima ideia, que tem potencial para trazer algo novo e impactante, mas a produção optou por fazer mais do mesmo e entrega um filme recheado de clichês, sem timing e que se perde em si mesmo. O enredo é sobre uma adolescente de 16 anos que passa um dia fantástico com seu crush, um menino popular que não dava bola para ela e que no dia seguinte não se lembra de nada. Ela descobre que existe um espírito que habitou o corpo do menino e passa a procurar esse ser que, a cada 24hs, está em um corpo diferente. Essa proposta é interessante e muito atual. Imaginar um amor além do corpo pode render boas reflexões e vem ao encontro de diversos grupos e gêneros como os transexuais. A clara opção, porém, do diretor Michael Sucsy e da produção executiva em seguir fórmulas narrativas conhecidas, engessou as personagens e limitou o filme a um romance que tenta entrar em questões mais profundas mas não consegue. Ainda assim, o filme tem méritos e pode agradar pelas cenas românticas, as musicas e pela ideia como um todo. É um boa tentativa de romper com o modelo careta das produções adolescentes tão comuns nos últimos anos, uma pena que faltou sensibilidade narrativa, ousadia e coragem. Fofo, interessante, mas limitado. Vale o ingresso e a indicação etária é para maiores de 12 anos.
SUGESTÃO:
Para assistir em casa a dica desta semana vai para La Trêve. Recente no catálogo da Netflix e com dez episódios, a série francesa é cheia de reviravoltas e suspense. Para solucionar um assassinato, um detetive precisa enfrentar tudo e todos, confrontando o seu passado, e revelando segredos sombrios em uma pequena cidade.
