Estreia esta semana em Nova Friburgo Fúria em Alto Mar. Esse é mais um filme sobre conflitos envolvendo forças militares que foca as ações em submarinos e estratégias com tropas, para evitar uma guerra mundial. Apesar do enredo óbvio e tudo acontecer da forma mais previsível possível, a trama tenta trazer algo novo, mas resultado final é esquemático que tira qualquer chance do filme ser levado a sério. Gerard Butler faz o mesmo papel de sempre, e mais uma vez vai tentar impedir um golpe que poderia gerar terríveis consequências. Ele é convocado para comandar uma missão em um submarino e acaba atuando para salvar o presidente da Rússia que foi sequestrado por um grupo extremista. O problema são as soluções fáceis e as decisões baseadas na intuição e sorte. O plot dos EUA salvarem o presidente Russo de um golpe já soa bem canastrão. Tudo isso recheado de frases pronta e de efeito e líderes mundiais muito fora da realidade. Tirando isso, o filme entrega bons momentos de ação e as cenas desenvolvidas para serem dentro do submarino são acertadamente tensas e claustrofóbicas. Além de Butler que tenta entregar uma personagem mais humanizada, Gary Oldman está no automático e Linda Cardellini pouco aparece. Baseado no livro Firing Point e com a direção pouco inspirada do sul africano Donovan Mash, o filme tenta ser mais do que consegue e naufraga por falta de cuidado com o roteiro e por buscar os caminhos mais fáceis. Vale o ingresso como puro entretenimento e a indicação etária é para maiores de 14 anos.
Outra estreia desta semana é Halloween. Clássico do gênero terror, o psicopata mascarado criado por John Carpenter estreou em 1978 e fez de Michael Myers um ícone cult do cinema e da cultura pop mundial. Carpenter não somente escreveu o roteiro, mas também dirigiu e até compôs o tema da trilha sonora. Desde o original, nove continuações se sucederam até este novo filme que tenta se conectar diretamente ao primeiro, ignorando todas as continuações, em uma nítida tentativa de se utilizar do que a franquia tem de melhor. A trama é relativamente simples e, apesar de tentar fazer um jogo psicológico com Myers, que todos sabemos ser errado e desnecessário, foca nas consequências e traumas das personagens. Jamie Lee Curtis novamente faz Laurie, agora mais velha e com paranoias que acabam por se justificar com volta do seu maior pesadelo. O mais importante e que dá peso e credibilidade a este novo filme, é a forma como as questões se desenvolvem principalmente o fechamento, sem deixar rabos. É muito bom ver Curtis novamente enfrentando seu maior antagonista, um psicopata desumanizado movido apenas pelo desejo de fazer o mal. É uma homenagem a um clássico além de ser uma ótima sacada para render uma boa bilheteria. Vale muito o ingresso e a indicação etária é para maiores de 16 anos.
A estreia desta semana para as crianças é Amigos Alienígenas. Animação fora dos estúdios tradicionais, essa produção europeia se utiliza dos caminhos comuns, não arrisca e segue a cartilha de uma narrativa tradicional para criar uma boa aventura misturando ação, drama familiar e uma boa pitada de humor que vai agradar as crianças e os adultos. O enredo é sobre um menino com problemas comuns para a sua idade, mas com um pai obcecado por seres extraterrestres e ocupado com suas invenções malucas e muitas contas vencidas. A aventura começa quando três simpáticos alienígenas caem no quintal do menino. Eles estão em busca de um colchão massageador que viram em um comercial na televisão. Algumas sacadas são muito bem desenvolvidas, como a questão dos alienígenas assumirem a forma de alguém através do material genético rendendo muitas piadas e situações embaraçosas. A qualidade da animação é boa apesar de estar longe dos maiores estúdios, e consegue convencer visualmente. As mensagens também estão presentes e desenvolvem um papel fundamental na trama, ressaltando a amizade e as relações sociais e familiares. É um bom programa para a família que vai certamente divertir a todos. Vale sim o ingresso e a indicação é livre.
Sugestão:
Para assistir em casa a dica desta semana vai para Mr. Robot. Estrelada por Rami Malek e com a presença marcante de Christian Slater, essa série já ganhou diversos prêmios, inclusive o Globo de Ouro de melhor série dramática. Vale a leitura pela qualidade da produção e o roteiro primoroso que faz uma crítica contundente a sociedade voltada ao consumo.
