Filmes da semana 22/07 até 28/07

22/07/2016 17:49:16
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Estreia esta semana em Nova Friburgo A Lenda de Tarzan. Mais uma versão do herói das selvas chega às telas com tudo o que marcou o personagem desde sua criação em 1912. A criança acolhida por símios, os saltos pelos cipós, o famoso grito e a esposa Jane que, acertadamente, não é a donzela que fica esperneando e pedindo socorro, tudo está presente para a alegria dos fãs. O enredo é sobre a disputa por diamantes no Congo que acaba envolvendo John Clayton (Tarzan) que é enganado e vai servir de moeda de troca para satisfazer os desejos de vingança do líder de uma tribo local. Enquanto isso vai se desenrolando, a historia da lenda do homem das selvas é contada através de flashbacks. Foi uma escolha complicada dos roteiristas para não caírem na mesmice narrativa da construção do herói. O problema disso é que o público pode não se identificar tanto com o herói e, mesmo com Alexander Skarsgård se esforçando muito, o carisma do ator sueco de 39 anos não é suficiente para a tarefa. Na verdade o elenco faz um bom feijão com arroz e só. Essas produções grandiosas e cheias de efeitos digitais dão pouca chance para que qualquer outra coisa se destaque além do espetáculo. O belo figurino, os cenários ou mesmo as bonitas sequências acabam apagadas, inseridas no grande show. O importante é destacar que a refilmagem é uma adaptação narrativa, uma modernização que não vai se tornar uma referência mas que executa bem essa proposta. É um bom filme que tenta debater a questão da exploração dos povos africanos e gostaria de ser mais do que conseguiu realmente ser. Destaque para a trilha sonora composta por Rupert Gregson-Williams que acrescenta empolgação e força narrativa às imagens. Resumindo, vai agradar, mas é de fato meramente uma atualização visual. Vale o ingresso e a indicação etária é para maiores de 12 anos.

A outra estreia desta semana é A Última Premonição. Aparentemente poderíamos imaginar se tratar do tradicional filme de terror com situações paranormais e na verdade, é isso mesmo, só que aos poucos ele vai revelando um lado mais voltado para o suspense e pode até te surpreender no final. O enredo é sobre uma mulher que tenta superar o trauma de um acidente que matou uma criança. Em uma nova casa ela e o marido tentam reconstruir suas vidas enquanto aguardam um filho que está para vir. Como não poderia deixar de ser, a moça passa a ter alucinações com a cadeira que mexe sozinha, a garrafa que quebra do nada, marca de sangue deixada em uma parede, e por aí vai. Durante os primeiros 50 minutos tudo fica passeando pelos mais diversos clichês com uma narrativa preguiçosa e previsível. Mas aí a coisa vira e tudo fica bem explicadinho com aquele jeitão “Ó, eu nem imaginava”. Esse é o grande trunfo do filme que desenvolve um enredo para induzir uma linha de entendimento e depois derruba tudo tentando surpreender. Isla Fisher parece a mesma personagem de sempre, Jim Parsons e Gillian Jacobs estão caricatos e o resto do elenco é pouco conhecido e inexpressivo. No resto é o mesmo de sempre, sustos gratuitos, pouca luz, música antecipando eventos, mudança para uma casa nova, pessoal sinistro com capuz e a doida histérica. Vale o ingresso mais para quem gosta do gênero. A indicação etária é para maiores de 14 anos.

Sugestão:
A dica para assistir em casa esta semana vai para Efeito Borboleta. Não se trata de um clássico ou uma produção autoral e não é pelo belo sorriso do Ashton Kutcher. O que faz ele ser um bom filme é o roteiro. Imaginar a possibilidade de passear pelas linhas do tempo é no mínimo algo inquietante, mas que todo mundo gostaria de tentar.

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