A única estreia desta semana em Nova Friburgo é, o mais que aguardado, Liga da Justiça. Essa é uma daquelas receitas que tem tudo para dar errado. Muita expectativa, troca de diretor durante as filmagens, e um passado com significativos tropeços da DC Comics nos cinemas. Além disso, o desafio de compor um filme com várias personagens que mal tinha dado as caras, os casos do Aquaman, do Cyborg e do Flash, tende a um formato engessado e explicativo que atrapalha o desenvolvimento de uma boa trama. A boa noticia é que finalmente o universo DC acertou e no momento crucial. A Liga da Justiça é um produto adorado por várias gerações e estava devendo uma apresentação digna dos quadrinhos e das animações. O elenco foi escolhido a dedo já a algum tempo e conseguem incorporar os heróis. A química toda fica por conta do Ben Affleck e a Gal Gadot (Batman e Mulher-Maravilha), enquanto o bom ator Ezra Miller faz o alívio cômico (Flash), Jason Momoa abraça o estilo ogro despojado (Aquaman), e Ray Fisher faz uma atuação em uma personagem totalmente digital (Cyborg). Outros nomes de peso ainda compõe o elenco mas o que importa aqui são os heróis. O enredo é o mais básico possível. Aparece um inimigo com potencial para destruir o planeta e os heróis se juntam para derrotá-lo. O importante foi a preocupação em preservar as essências dos heróis para dar peso e profundidade a cada um. Eles discordam, se esbofeteiam, mas valorizam seus companheiros. Esse é um grande acerto do roteiro. Os heróis se ajudam exaltando o coletivo e brilham individualmente. Algumas cenas de ação deixam a desejar, tanto quanto a efeitos estranhos nos movimentos, assim como no acesso de ambientes escuros. Essa mistura deixa algumas cenas de batalhas confusas e difíceis de acompanhar. Foram 300 milhões gastos e fica a sensação de que deveria ser melhor. A necessidade em fazer piadinhas o tempo todo pode saturar um pouco, mas são na maioria das vezes engraçadas. O importante, claro, é o bom conjunto da obra. Finalmente a DC parece estar seguindo um bom caminho e conseguiu realizar um filme que vai agradar em cheio os milhares de fãs da liga da justiça. Vale muito o ingresso e a indicação etária é para maiores de 12 anos.
Sugestão:
Para assistir em casa a dica desta semana vai para 7 Dias com Marilyn. Mesmo nos seus momentos mais difíceis, Marilyn Monroe desperta sensualidade, uma certa inocência, beleza e um fascínio hipnótico arrebatador. Com ótima atuação de Michelle Williams, lindas canções e produção afiada, o filme exalta as virtudes e fraquezas de nós mesmos, assim como ilusões, transformações e incertezas. Marilyn é simplesmente tudo de bom.
