A única estreia desta semana em Nova Friburgo é A Bela e a Fera. Até que enfim, não digo isso reclamando, pelo contrário, achei acertada a demora da Disney para o remake da animação que marcou a retomada da excelência do Estúdio em 1991 e ainda foi a primeira animação a ser indicada ao Oscar de melhor filme. Essa é uma unanimidade, todo mundo gosta e estava faltando a versão live-action desse clássico conto de fadas escrito por Suzanne Bartot em 1740. Não se faz necessário citar o enredo, afinal, todo mundo sabe do que se trata. Apesar de buscar fortemente a mesma abordagem narrativa da animação, é importante ressaltar que o filme é bem mais longo e conta com muitas cenas novas. De certa forma, tenta amarrar melhor a história. Esse é um dos trunfos do filme que ainda esbanja elegância com um figurino impecável. Claro que se trata de um musical e as canções são de vital importância. Existem novas canções, mas as mais conhecidas como Belle, Gaston, Be Our Guest e Beauty and The Beast são as estrelas do musical. Só curiosidade, enquanto Beauty and The Beast teve seu melhor momento na dança de salão na animação de 1991, a canção Gaston é melhor na Broadway e a Be Our Guest supera as outras versões neste live-action. O elenco é outro ponto forte. Emma Watson não faz nada muito incrível mas é um acerto, Luke Evans como Gastão e Josh Gad como LeFou roubam as cenas, mas ainda temos Kevin Kline, Emma Thompson, Ian Mckellen, Stanley Tucci, Ewan McGregor e vou para por aqui só para não cansar. Um elenco de primeira linha. Algumas sequências são reproduzidas iguais as da animação nos mínimos detalhes, outras nem tanto, isso possibilita uma releitura exaltando os melhores momentos do clássico de 1991 sem deixar de lado uma personalidade própria mantendo a pegada feminista e o conceito da autonomia da vontade. É um belo conto sobre o amor, com cenas grandiosas, muito bem coreografadas e sem exagerar. Os efeitos digitais são muito bons, como não poderia deixar de ser e o 3D faz muita diferença. Na verdade, é um dos melhores 3D’s com objetos sendo lançados no público dos últimos anos. Resumindo, não tem muito como ir não ver! É obrigatório e vai agradar as crianças e os marmanjos. Vale muito o ingresso e a indicação etária é para maiores de 10 anos.
SUGESTÃO:
Para ver em casa a dica desta semana vai para Boyhood: Da Infância à Juventude. Foram 12 anos de filmagens que reunia o elenco e a produção uma vez por ano. São quase três horas mostrando o crescimento do menino Mason de forma simples e bela. Oscar para Patricia Arquette e já está na Netflix.
