Filmes da semana 15/04 até 21/04

15/04/2016 20:01:25
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Estreia esta semana a refilmagem de um clássico da Disney, Mogli – O Menino Lobo. Quase todo mundo já viu, ouviu falar ou tem um amigo com o apelido de Mogli. Pois bem, na atual onda de remake dos clássicos eis mais um representante. De cara o filme levanta duas questões: A história de um menino indiano criado por lobos que foi escrito em 1894 consegue ter uma abordagem coerente para os dias atuais? Os efeitos digitais serão suficientemente convincentes? Aí temos um não e um sim. Começando pelos efeitos, a Disney parece que se superou em um filme live-action. Os efeitos são impressionantes, não só pela qualidade técnica mas também pela direção de Jon Favreau que consegue sequências impressionantes e realistas nas cenas de ação. O pacote Disney é completo. Tudo muito bem feito e musicado. O porém está no enredo. Algumas situações não fazem sentido mesmo levando em consideração de que se trata de uma fantasia. Problemas de ritmo também atrapalham o andamento que fica arrastado em alguns momentos. Todo o resto é muito bom e a interação do menino com os animais realmente impressiona. Destaque para as cores e sobras, tudo muito realista. Nada de cores exageradas para agradar o público infantil. A proposta é outra. Depois do acerto da Disney em Cinderela, parece que o Estúdio achou a fórmula de como fazer um bom remake em live-action. Certamente vai agradar tanto as crianças como os adultos. Vale o ingresso e a indicação etária é para maiores de 10 anos.

A outra estreia desta semana é O Escaravelho do Diabo. É impossível para alguém com mais de 35 anos não se lembrar dos livros paradidáticos da Editora Ática. Na verdade O Escaravelho do Diabo foi escrito por Lúcia Machado de Almeida e publicado em 1955 e ficou muito conhecido quando se deu a tentativa, nos anos 80, de indicar livros nas escolas menos rebuscados com o intuito de popularizar a leitura. É portanto, uma adaptação de um clássico juvenil com as devidas modernizações necessárias. O enredo é o mesmo com algumas modificações. Pequenas caixas misteriosas com um escaravelho são enviadas para pessoas ruivas pouco antes de serem assassinados. O que se segue é um tanto esperado, dramas pessoais e investigações para pegar o criminoso. O interessante dessa adaptação é que o personagem principal, Alberto, começa como um pré-adolescente alterando consideravelmente o foco do público que se acostumou, nos tempos atuais, com heróis mirins e primeiros amores. Tecnicamente, Carlo Milani, que estreia nos cinemas, consegue muitos acertos. O filme é essencialmente um thriller, o que já indica características próprias em relação a luz, enquadramento e a forma narrativa e, manter a tensão e o interesse do público não é tarefe fácil. Destaque para o elenco como um todo, principalmente para o jovem Thiago Rosseti. Mais uma vez, porém, o resultado final sofre um pouco por conta do roteiro que tem muitos méritos ao adicionar situações necessárias que não estão no livro, mas possui buracos e tampões que podiam ter sido evitados. O ponto forte da proposta é o tratamento honesto e sem ficar amenizando as cenas mais fortes. Isso traz força ao filme e cria empatia com o público que sente maturidade no trabalho como um todo. Vale o ingresso não só para revisitar um clássico da literatura infanto-juvenil, como para ver um bom filme nacional. A indicação etária é para maiores de 12 anos.

 

Sugestão:

Para ver em casa esta semana a dica vai novamente para uma boa série, House of Cards. A estreia da quarta temporada algumas semanas atrás deixou bem claro que a série está forte e com a mesma pegada que a consagrou. Sabemos que nada é simples no jogo do poder na Casa Branca, mas é difícil imaginar que pode chegar a tanto

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