Filmes da semana 13/12 até 19/12

15/12/2018 18:59:04
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Estreia esta semana em Nova Friburgo o aguardado Aquaman. Essa é a grande aposta da DC que já percebeu que mesmo com o destaque que os heróis ganharam nos cinemas nas ultimas décadas, não é tarefa fácil emplacar uma franquia de sucesso. O diretor e produtor James Wan conseguiu acertos mas os desafios eram muito complicados e o filme patina ao fazer mais do mesmo com uma estética ousada e cenas espetaculares. Com um custo que superou os trezentos milhões de dólares, as cenas e efeitos em CGI impressionam, principalmente em baixo da água. O enredo é basicamente a jornada do herói disfarçada, afinal, Momoa já é o Aquaman, mesmo antes de reivindicar o trono. Os destaques são as cenas de ação e a estética associada a linguagem visual criada para Atlântida. Logo no início, a luta com Nicole Kidman digitalmente mais nova, já mostra que são muitos os recursos e o uso de plano sequência não seria poupado. Atlântida foi criada com exageros e buscou uma forma orgânica inspirada em animais marinhos, mas independente de opiniões, é grandiosa e funciona bem como uma sociedade tecnologicamente avançada, bem estruturada, mas com os tradicionais problemas políticos e lutas por poder. O destaque é todo para Jason Momoa que esbanja força e carisma. Amber Heard e Nicole Kidman ainda conseguem algum destaque mas no geral, Willem Dafoe, Patrick Wilson e demais atores são pouco ou mal aproveitados. Atenção ao irreconhecível Dolph Lundqren como Rei Nereus. Não vou entrar no debate de o vilão humano ser negro como muitos estão dizendo pois não parece existir qualquer intensão depreciativa ou algo assim. Em linhas gerais Aquaman consegue ser um bom filme de origem com romance, ação, drama e as mensagens tradicionais desse tipo de enredo. Grandioso, ao vender mais do mesmo, a DC vai conseguir agradar o público em geral mas ainda não foi dessa vez e, mesmo depois de diversas produções, a trilogia do Batman por Christopher Nolan ainda foi o que a DC conseguiu de melhor. Vale muito o ingresso e a indicação etária é para maiores de 12 anos.

A outra estreia desta semana é Detetives do Prédio Azul 2 – O Mistério Italiano. São sempre muito bem-vindas as produções nacionais para o público jovem. Esse é um caso de sucesso e boa evolução que chega as telas demonstrando amadurecimento e competência para se firmar como uma franquia que vai agradar até mesmo quem ainda não conhece essa turma. Com onze temporadas na televisão e um filme que surpreendeu com mais de um milhão nas bilheterias ano passado, não foi surpresa a corrida para uma nova aventura. Dessa vez o trio vai viajar para a Itália buscando desvendar o mistério do sequestro de crianças por bruxos que buscam a proibida vida eterna. É inevitável e saudável a comparação com o inicio da saga de Harry Potter, apesar do tom ser muito distinto, assim como a narrativa. A direção de Vivianne Jundi deu qualidade visual e amadureceu a linguagem, como precisa ser, até por que os jovens também cresceram e de quebra isso amplia o público para outras faixas etárias. Nota-se boas composições com ângulos variados, tomadas aéreas e uma sofisticação que foi possível certamente com o bom desempenho do primeiro filme. Outro ponto que merece destaque são os efeitos especiais que demonstram desenvoltura e realismo. Esse é um bom exemplo de competência em uma produção que soube fazer um amadurecimento narrativo e visual, construindo ou desenvolvendo uma base para uma franquia de sucesso, sem perder o que a série de televisão tem de melhor. Bom filme para ver em família e aproveitar o final de 2018. Vale muito o ingresso e a indicação etária é livre para todas as idades.

Sugestão:
Para ver em casa a dica desta semana vai para Narcos: México. Braço da série Narcos que contou a ascensão e queda do traficante colombiano Pablo Escobar, ela ocorre no mesmo período de tempo que a original com direito a participação de Wagner Moura e parte do elenco original. Com uma narrativa semelhante e trilha de Gustavo Santaolalla, a série conta o desafio da DEA em desmantelar o tráfego de drogas em um país tomado pela corrupção e impunidade.

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