Filmes da semana 12/09 até 18/09

14/09/2019 16:07:27
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A principal estreia desta semana nos cinemas é Vai que Cola 2 – O Começo. Sucesso no canal Multishow e indo para a sétima temporada, a turma da pensão da Dona Jô, vai novamente para a telona para contar, desta vez, as origens dessas personagens esbanjando carisma e o jeito exagerado que marcam a série. Logo de cara, um grande problema se apresenta. A ausência de Paulo Gustavo inegavelmente é marcante e fortemente sentida. Todos os demais atores, por outro lado, estão presentes e fazem exatamente o que o público está acostumado a assistir na televisão. A proposta da série é muito simples e se apoia no humor escrachado e o carisma de atores como Marcus Majella, Samantha Schmütz, Cacau Protásio, Emiliano D’avila entre outros. Todos muito caricatas e, na maioria das vezes, falando aos berros para enfatizar o cafona do subúrbio. O diretor César Rodrigues consegue desenvolver uma narrativa fluida se aproveitando de referências e com boas cenas de humor. Nota-se um trabalho mais maduro que tenta fazer cinema mesmo quando a proposta não ajuda. O que vemos na tela, e não poderia ser muito diferente, são esquetes que se seguem fortemente desenvolvidas nas cores e nos trejeitos das personagens. Um humor que brinca e critica os costumes e com a sociedade de forma geral. Para quem gosta da série, vai curtir ver as origens dessa turma, assim como já conhece o formato, o que acrescenta muito para comprar a ideia como um todo. Vai agradar aos fãs mesmo tendo um nítido apelo comercial, o que compromete o resultado final. Vale sim o ingresso e a indicação etária é para maiores de 12 anos.

A outra estreia desta semana em Nova Friburgo é Divaldo – O Mensageiro da Paz. Cinebiografias são sempre grandes desafios, principalmente se o biografado estiver vivo e sua obra tiver um viés religioso como o caso do baiano Divaldo Franco, atualmente com noventa e dois anos de idade. Com milhões de livros vendidos, o professor e médium foi, assim como o Chico Xavier, um dos principais divulgadores da doutrina espírita. O diretor Clovis Mello, que também colaborou com o roteiro, conseguiu dar um grande passo na sua carreira ainda tímida, com um projeto bem executado técnico e dramaticamente. Mesmo sem fugir do didatismo e de alguns apelos emocionais, normal neste tipo de narrativa, ele conseguiu apresentar um herói real, humanizado e cativante. A direção de arte e toda a produção são muito bem trabalhadas, o que acrescenta peso narrativo e eleva o filme a outro patamar. Pode-se dizer tranquilamente que esse é o melhor filme com tema religioso produzido nos últimos anos. Outro ponto forte é o elenco. São três Divaldos interpretados nas diferentes fases da sua vida. Destaque para o carismático Ghilherme Lobo de Hoje eu Quero Voltar Sozinho e o já consagrado Bruno Garcia. Laila Garin não poderia estar melhor e Marcos Veras surpreende com uma atuação firme e bem construída como o vilão que faz de tudo para desvirtuar o herói. O elenco ainda conta com Regiane Alves, Caco Monteiro e Bruno Suzano. Alguns problemas, infelizmente são inevitáveis. Eles esbarram em algumas insistências do diretor com planos repetitivos e no apelo ao emocional, mas nada disso atrapalha. O público, seja religioso ou não, vai gostar de ver um filme bem desenvolvido e narrativamente competente que certamente vai emocionar. Vale muito o ingresso e a indicação etária é para maiores de 12 anos.

Sugestão:
A dica desta semana para assistir em casa vai para Philip K. Dick´s Electric Dreams. Essa é uma série de ficção científica disponível na Amazon Prime que reune contos de drama e suspense. Além do enredo, a série tem um elenco de estrelas como Vera Farmiga, Anna Paquin, Terrence Howard, Steve Buscemi, Jack Reynor e muitos outros. Vai agradar em cheio aos nerds e afins.

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