A única estreia desta semana em Nova Friburgo é Alien: Covenant. Não existe qualquer chance de deixar de dizer que trata-se de Ridley Scott revisitando um dos seus maiores sucessos. O diretor com 52 anos de carreira e dezenas de Top Movies como Thelma & Louise, Blade Runner, Gladiador e o próprio Alien, o Oitavo Passageiro, volta a aterrorizar os viajantes do espaço com a criatura hospedeira de duas bocas. É complicado qualquer comparação com o original de 1979. São quase 40 anos de evoluções nos efeitos especiais e técnicas em geral. Inevitável que a narrativa tenha formatos distintos, enquanto o original busca o suspense claustrofóbico, esta produção tem mais elementos do terror e um excesso de efeitos digitais que é algo, nesse caso, inevitável. O enredo é uma continuação do Prometheus de 2012. Após receber uma transição e localizar a origem, uma nave colonizadora decide enviar um grupo para explorar um possível planeta habitável. A coisa toda previsível, as ações um tanto descabidas mas o debate sobre a criatura e o criador iniciada em Prometheus continua e se aprofunda trazendo algo um pouco mais interessante do que o embate de humanos versus criaturas. Na verdade as criaturas alienígenas são meramente um pano de fundo. O elenco é variado com Michael Fassbender fazendo os androides, Katherine Waterston a heroína, Billy Crudup o perdido no espaço e Danny McBride como o cowboy. Nada muito complexo ou convincente. A fotografia é em tons de cinza e a produção trabalhou forte para construir a visão de um planeta devastado mas inicialmente acolhedor. O roteiro é que deixa nós soutos, não aprofunda as personagens e fica desgarrando o povo para alimentar com clima de terror. Do nada alguém vira e diz “vou ali fazer algo” e pronto, morreu. Outro problema é que quem não viu o Prometheus vai boiar bastante. Fora isso, é uma boa ficção científica com terror, bem produzida que mantém acesa a chama deste tipo de filme. Saudades da Sigourney Weaver, claro, mas vai agradar os fãs e o público em geral. Vale muito o ingresso e a indicação etária é para maiores de 16 anos.
SUGESTÃO
Para assistir em casa a dica desta semana vai para a estreia da terceira temporada na Netflix do premiado Penny Dreadful. Vou repetir algo que já disse um tempo atrás, essa é a série com a melhor produção de arte que já vi. É tudo bem impressionante quanto aos detalhes, objetos, cores, movimentos de câmeras, diálogos e muito mais. É a ultima e temporada com 9 episódios que reune os mais diversos gêneros como fantasia, terra e drama, assim como personagens clássicos como Frankenstein, Dracula, Dorian Gray, só para citar alguns.
