Filmes da semana 10/10 até 16/10

18/10/2019 12:53:08
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A única estreia desta semana é Projeto Gemini. Dirigido pelo experiente Ang Lee, essa é uma produção que foca mais em aspectos técnicos do que no roteiro e esses são os dois pontos que definem o filme tanto para o lado bom, como para o ruim. Se levarmos em conta meramente o enredo e como a ação dramática se desenvolve, o resultado é previsível e esquemático, sem qualquer novidade. Temos a simples jornada do herói, na verdade, são heróis em diferentes fases. Isso pode ser explicado por conta do roteiro ser da década de noventa, um daqueles roteiros considerados interessantes, mas que nunca foram rodados. Isso tem grande influência na obra. Lee focou nas inovações e introduziu o 3D+ além de uma tecnologia de representação digital quase convincente. O olho humano, ao ver 24 quadros sendo mostrados em uma sequência, tem a ilusão de estar diante de um movimento real. Assim o cinema se desenvolveu com a película de 35mm. O que estamos vendo de fato, são 24 fotografias mostradas a cada segundo e projetadas em uma tela. A inovação mais significativa neste filme é que ele foi rodado com 120 quadros por segundo, o que é curioso, pois dificilmente alguém vai conseguir assistir com essa tecnologia. O 3D+, na verdade são 60 quadros por segundo e é o que temos disponível no momento, isso com o 3D, oferece um realismo até aqui ainda não visto. A outra inovação é o Will Smith jovem, criado por tecnologia digital. Na grande maioria das cenas que ele está presente é bem convincente e esse realismo, é capaz de quase nos convencer que trata-se de uma pessoa real. Além de Will Smith, o filme conta com a ótima Mary Elizabeth, com Benedict Wong e com Clive Owen fazendo um vilão no melhor estilo canastrão. Os bons momentos são as cenas de ação que impressionam pela quantidade de detalhes que conseguimos ver, criando um ambiente de imersão muito maior do que o normal. É como se tivéssemos múltiplos focos em não somente com o nosso olhar estando sempre sendo conduzido. Apesar do enredo morno, vale muito o ingresso pela questão visual e pelo entretenimento puro. O ideal é, se possível, ver em 3D+. A indicação etária é para maiores de 14 anos.

Sugestão: Para ver em casa a dica desta semana vai para a sexta temporada de The Blacklist que foi incluída ao catalogo da Netflix. Vale dizer que a série já está na sétima e que não é atoa que as temporadas se renovem uma após a outra. Bom ver Raymond, Elizabeth, Dembe e toda a turma em um intrincado jogo de descobertas e transformações regidos por um mestre do crime.

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