Filmes da semana 10/08 até 16/08

11/08/2018 12:30:53
Compartilhar

Estreia esta semana nos cinemas Megatubarão. Sempre existe espaço para o entretenimento descompromissado, exagerado e divertido, e o grande mérito deste filme, é entregar tudo isso sem se levar a sério. O diretor Jon Turtellaub, conhecido pelos filmes de ação desmiolados, acerta principalmente na segunda parte, com sequências subaquáticas bem desenvolvidas, a praia lotada, que sempre funciona, e as referências ao clássico Jaws de 1975. Diferente do que comumente é dito, Spielberg só mostra o tubarão nas partes finais por que o monstro mecânico não funcionava e tinha problemas com a água salgada. A produção ficou o filme todo tentando acertar isso e o diretor improvisou, o que acabou criando um crescente narrativo até os duelos finais. Funcionou bem e muitas produções fizeram o mesmo com sucesso. O problema de Megatubarão, é que tudo é muito simples e dado, não tem surpresas, a receita segue a mesma e muito podem reclamar da demora da ação realmente começar. O enredo é sobre um resgate de uma tripulação no fundo do oceano que foi atacada por uma criatura pré-histórica. Simples assim. Jason Statham é o herói que tenta a redenção, Rainn Wilson faz o alívio cômico e todo o resto, Ruby Rose, Cliff Curtis, Bingbing Li, entre outros, estão no automático. Todos os atores são melhores que seus papeis. Importante dizer que não se trata de um filme trash, pelo contrário, os efeitos CGI são bem desenvolvidos e as sequências foram construídas de forma estruturada e com bom ritmo. Esse é um filme que entrega o que promete, puro entretenimento. A verdade é que o cinema precisa dessas produções que não se levem a sério e que consigam fazer o óbvio bem feito. Claro que o público precisa comprar a ideia de um tubarão de 20 metros e outras maluquices, mas esse não é o problema. Vale sim o ingresso, principalmente em 3D, e a indicação etária é para maiores de 14 anos.

A outra estreia desta semana é Vidas à Deriva. O diretor Baltasar Kormákur Samper novamente se aventura por histórias de desastres, mas desta vez, tenta uma proposta voltada para o amor, sem pesar demasiadamente no evento e a luta por sobrevivência. O enredo conta é baseado em uma história real. Conta o romance de um inglês e uma norteamericana que ficam a deriva por semanas no mar após um acidente. O diretor optou por uma narrativa não linear com flash backs longos e uma construção que visa mais a relação do que o quase naufrágio em si. O ponto forte do filme está no casal interpretados pelos belos, bonitos e interessantes Sam Claflin e Shailene Woolley. A relação entre eles é bem construída, crível e cativante. Também devo destacar as belas imagens com paisagens dignas de cartões postais. Alguns problemas na produção, inclusive nas cenas de mergulhos e na iluminação em algumas cenas não chegam a atrapalhar, mas deixam um sabor de Sessão da Tarde. O problema mesmo é essa necessidade de fazer chorar a qualquer custo. Isso pode incomodar, mas o público mais jovem e adolescente certamente vai se identificar. É um filme trágico e ao mesmo tempo fofo, e que consegue debater de forma verossímil a essência e a beleza humana. Este filme é direcionado para um público específico, pós-adolescente, mas pode agradar a todos. Vale sim o ingresso e a indicação etária é para maiores de 12 anos.

Sugestão:
A dica desta semana para assistir em casa vai para o drama Alabama Monroe. Indicado para o Oscar de melhor filme estrangeiro, ele conta uma história de um romance improvável e um drama com muito amor e boas músicas. Forte, sedutor e inesquecível

Compartilhar