Filmes da semana 10/01 até 16/01

12/01/2019 12:28:00
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Estreia esta semana em Nova Friburgo nos cinemas Homem-Aranha: no Aranhaverso. Interessante como o Homem-Aranha vem salvando e renovando o cinema de heróis. Foi assim em 2002 e agora surge uma animação que pode se tornar também um marco para as animações, principalmente as baseadas em comic books. A Sony acertou e, assim como levou o Globo de Ouro, essa é uma barbada para o Oscar. Mas o que tem de tão especial nessa animação? A resposta é simples, tudo! O Homem-Aranha é um preferido do público por diversos aspectos, por isso ele sempre agrada, mas o que temos aqui é uma mistura sem extrapolar, sem ser demais para o expectador. Estou falando de linguagem, estéticas, ação narrativa, arco dramático e personagens incríveis. São diversos “Aranhas” com suas particularidades, mas sem perder a essência marcante do herói. Como o título já entrega, são diversos universos que se misturam e tudo ocorre de forma orgânica, colorida e sem necessidade da chata explicação que nada soma. Miles Morales é apresentado e ganha o protagonismo pela primeira vez nos cinemas. Temos também as meninas Spider-Gwen e Peni Parker, o Presunto-Aranha o ótimo Homem-Aranha Noir e um Homem-Aranha por um Peter Parker entediado. Destaque também para os vilões que são implacáveis e sem as afetações e o discurso bobo. Essa pode ter sido a melhor adaptação ou fusão da linguagem dos quadrinhos para os cinemas, você vai entender quando assistir. Vale ainda citar a participação do Stan Lee coincidentemente em um momento forte e trágico do filme mas que aparece como um sopro de esperança. Bem dirigido, roteirizado, produzido e musicado, essa animação vai te surpreender e deixar aquele gosto de quero mais. Se você tiver paciência de esperar os créditos, tem cenas que valem a espera. A Sony finalmente desbanca a Disney e a Pixar. Vale muito o ingresso e a indicação etária é para maiores de 10 anos.

A outra estreia desta semana é Máquinas Mortais. Esse é o típico blockbuster que reúne muita gente boa, um enredo interessante e um orçamento volumoso, mas que se revela como um presente em que a embalagem é melhor do que o conteúdo. Adaptado da tetralogia escrita por Philip Reeve, o filme se passa em um mundo pós-apocalíptico, onde as cidades viraram gigantescas maquinas que engolem os vilarejos e locais menores em busca de recursos para sobreviver. A premissa é interessante, faz uma boa analogia com o mundo atual, na verdade, esse é dos instintos humanos mais primitivos e cruéis, mas por conta de erros no roteiro, tudo acaba sendo um romance água com açúcar em mais de duas horas que parecem ser uma eternidade. O estreante diretor Christian Rivers faz o que sabe e capricha no visual mas se atrapalha com um roteiro cheio de diálogos bobos, reviravoltas que estão ali somente por estar, e uma necessidade de seguir o manual a risca. Arrastado narrativamente, excessivamente explicadinho e coberto de clichês, é aquele filme que se preocupou mais com a produção, os efeitos e o elenco do que com o roteiro e isso sempre tem o mesmo resultado: bonito, desmiolado e esquecível. O elenco conta com nomes como Hugo Weaving, que parece um vilão de cartoon, e a dupla Robert Sheehan sempre carismático e a Islandesa Hera Hilmar, que não conseguem desenvolver suas personagens e parecem desconectados. O destaque acaba sendo o visual em CGI e a produção que desenvolve uma estética crível, onde as máquinas e toda aquela loucura poderia mesmo existir. O figurino busca uma mistura do clássico com o pop, assim como toda a cenografia. O nome mais citado nesta produção é o do Peter Jackson que, apesar do meu respeito, entendo que surfa uma onda maior do que deveria, e desta vez precisou mas não conseguiu remar e entregou um filme grandioso mas que se utiliza de saídas fáceis e que vai criar poeira nos catálogos de streaming e na mente das pessoas. Pelo espetáculo visual vale o ingresso e a indicação etária é para maiores de 14 anos.

Sugestão:
Para assistir em casa a dica desta semana vai para a estreia no catalogo da Netflix de Titans. Original da DC Comics, a série conta a origem e desenvolve os heróis que se unirão para formar uma força poderosa contra o crime. Muito aguardada e também criticada, é a DC tentando acertar, coisa que parece se sempre escapa, mas vale pelas personagens e pelo visual adaptado.

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