Entrou em cartaz esta semana A Era do Gelo: O Big Bang. Quinto filme da franquia, essa é mais uma animação entre dezenas que está estreando para aproveitar as férias de verão nos EUA. Difícil encontrar alguém que nunca tenha visto pelo menos um dos filmes anteriores e, como dizemos por aqui, time que está ganhando não se mexe. A questão era: Fazer algo bem diferente ou mais do mesmo? Acertadamente, acredito eu, é a mesma turma fazendo as mesmas coisas. O enredo acerta ao conceber uma continuação simples e ao apostar na criatividade para agradar. Novamente algo ameaça a sobrevivência e o mundo. Enquanto Sid, Diego e Manny tentam evitar a catástrofe, liderados pelo Buck a doninha caolha, Scrat segue seu destino perseguindo a noz no espaço. O tempo passou e algumas coisas mudaram, mas tudo segue um caminho previsível. Novo mesmo ou atual é a linguagem dos diálogos que tentam ser descolados e em sintonia com a garotada. A aventura paralela e sem diálogos do simpático Scrat funciona bem mais uma vez e rendem as melhores e mais criativas sequências do filme. Claro que os mais atentos vão ficar encucados com o título e a referencia ao Big Bang, afinal, o que isso tem a ver com um meteoro vindo em rota de colisão com a terra? Isso de fato não importa, é uma licença poética. A animação vai agradar principalmente quem já está familiarizado com o contexto e faz um bom fechamento para a franquia. Se especula e muitos já dão como certo, após esse quinto filme, o fim da franquia. É aguardar para ver. Vale muito o ingresso e certamente é um ótimo passeio para se fazer com as crianças. A indicação etária é livre.
A outra estreia desta semana é Carrossel 2 – O Sumiço de Maria Joaquina. Depois do grande sucesso do primeiro filme com mais de 2 milhões de espectadores, volta aos cinemas a galera adolescente de uma das novelas de maior sucesso já exibida pelo SBT. Adaptação mexicana, claro! Assim como na televisão, para o cinema esse mercado é lucrativo e existe uma lacuna a ser preenchida. Apoiados nessa premissa e nos bons resultados de primeiro filme é que um ano depois já temos uma continuação. Isso provavelmente explica o roteiro fraco e perdido. O enredo é sobre o sequestro da Maria Joaquina por uma dupla de vilões quando a turma ia participar de um show. O que se tem depois disso é um monte de situações inusitadas e sem sentido com a galera tentando salvar a menina do cativeiro. Outro problema está no olhar muito infantilizado que compões as ações no filme. E não estou falando dos vilões exagerados e caricatas. Aliás, Paulo Miklos e Oscar Filho salvam comicamente e, apesar de experientes, alguns atores até são bons, mas a maioria está numa faixa mediana e não empolga. Esse tom infantil causa certa estranheza, afinal, já se formaram casais, temos beijos e, simplesmente olhando para os meninos, vê-se a falta coerência. Se ainda tivesse um ar lúdico como o Chaves, só que não. De positivo destaca-se a esforçada e competente direção de Mauricio Eça, mas que esbarrou na impossível missão de fazer um bom filme com um roteiro sofrível. Ainda sim, alguns momentos salvam e vale o ingresso para quem já conhece e gosta dessa turma. A indicação etária é livre.
SUGESTÃO:
Para assistir em casa a dica desta semana vai para o seriado The Blacklist. Estrelado pela Megan Boone e James Spader, a série é um drama policial cheio de surpresas e reviravoltas. É ação do início ao fim de cada episódio e já arrebatou diversos prêmios como o Globo de Ouro, Emmy do Primetime, People’s Choice Award, etc. Vale conferir.
