A única estreia desta semana é Capitã Marvel. Demorou mas chegou aos cinemas um filme da Marvel com uma protagonista feminina, e em grande estilo, afinal, ela carrega o nome da própria marca e nos é apresentada em um momento crítico da franquia dos Vingadores. Esse é sim um filme de origem, portanto se utiliza do mesmo arco dramático conhecido da jornada do herói, mas os diretores Anna Boden e Ryan Fleck, que também participaram do desenvolvimento do roteiro, tentaram inovar com uma heroína preparada e atuante desde o início e que faz uma jornada internamente, uma busca por suas próprias origens. O enredo é sobre uma batalha entre espécies de planetas diferentes que acaba por trazer de volta Carol Danvers ao planeta Terra, local que ela havia esquecido, mas que aos poucos começa a juntar as peças e a desenvolver uma nova identidade. O período é nos anos 80 e as referências são bem vindas, porém exageradas. Toca uma canção, alguém fala algo sobre isso e ainda aparece visualmente, quando somente a canção bastaria. Ainda assim, são válidas principalmente por ícones pops como a Blockbuster e a filmes como Top Gun. Outro problema é a edição nas sequências de ação que demonstram pouco preparo nas coreografias, uma nítida escolha possivelmente por conta de pouco tempo para realizar as cenas. Fora isso, o filme se utiliza de todo Know-how e fartura orçamentária para realizar uma produção bem estruturada e visualmente convincente. Brie Larson faz a Capitão Marvel com bastante vigor e um pouco emburrada, Samuel L. Jackson faz o Nick Fury mais engraçado até agora, e Jude Law, Ben Mendelsohn e Lee Pace estão no automático. Algumas presenças, como a de Clark Gregg, são adereços para justificar momentos futuros. Importante destacar que o ponto de virada passa pela superação, principalmente em se tratando de uma mulher e todo o simbolismo que ela carrega, e isso foi um grande acerto. Visualmente bem realizado, com boa dose de nostalgia e extremamente relevante para os filmes da Marvel, ele consegue agradar e escrever um capítulo necessário para a marca. Para os desavisados, tem uma cena após o créditos iniciais e outra (pouco relevante) após os créditos finais. Vale muito o ingresso e a indicação etária é para maiores de 12 anos.
Sugestão:
Para assistir em casa a dica desta semana vai para Fargo. Série premiada e estrelada por Martin Freeman, ela conta as peripécias de pessoas aparentemente comuns que se envolvem com crimes e suas consequências. Vale pela qualidade das atuações, o bom roteiro e direção.
