A única estreia desta semana é O Chamado do Mal. Esse é o típico terror com viés paranormal que busca a linguagem batida do jogo de pistas para lutar contra o mal. Não que isso seja ruim, mas é mais difícil do que pode-se imaginar ter êxito nessa narrativa por conta dos caminhos fáceis e lugares comuns e Malicious (no original), derrapa, agarra e pouco consegue andar. A premissa é boa apesar do enredo ser muito limitado. Um casal se muda para uma nova casa e, após abrir uma caixa, a esposa passa a ser atormentada por espíritos que estavam trancados. Mais batido do que isso é difícil. Existe uma costura que guarda, como eu disse, uma boa ideia que vai se revelar ao final, mas fora isso, é tudo tão óbvio e pouco desenvolvido que não consegue fazer o mínimo que é assustar ou despertar algum interesse. A produção é esforçada e e tenta utilizar uma palheta de cores desbotada, sem vida, assim como o diretor Michael Winnick monta boas sequências e movimentos interessantes de câmera, mas isso não esconde o roteiro pobre e a falta de ritmo. As atuações são desinteressadas. Parece que está todo mundo triste, sem rumo e esperando o pior. Nem mesmo Delroy Lindo consegue sair do automático. O gênero terror vem alcançando boas bilheterias com custos de produção muito menores que outros gêneros cinematográficos, o que acaba por inchar o mercado com poucos bons filmes e muitos candidatos ao esquecimento. Parece uma linguagem fácil para se trabalhar mas não é, e sem experiência e muito suor, o resultado é sempre mais do mesmo com cara de oportunismo. Sem nada a acrescentar, O Chamado do Mal é mais um candidato a ser esquecido em alguma plataforma de streaming. A indicação etária é para maiores de 14 anos.
Sugestão:
Para ver em casa a dica desta semana vai para a quinta temporada de Vikings que já está disponível na Netflix. Mesmo com a saída de alguns protagonistas, a série segue firme fazendo bem o jogo e luta entre conquistas e derrotas entre nórdicos e outros povos. Vale pelo enredo, pela ótima produção e até mesmo pelo peso histórico que a série carrega.
