Filmes da semana 05/10 até 11/10

06/10/2018 20:08:41
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Estreia nos cinemas em Nova Friburgo o aguardado Venom. Após uma disputa entre a Sony e a Marvel, que resultou em um acordo no mínimo inusitado, chega as telas o Venom sem o Homem-Aranha em uma produção que busca apenas surfar nas ondas do sucesso dos super-herois. O enredo precisa desenvolver um universo próprio para a personagem e cria vários simbiontes espalhados pelo mundo após um pouso forçado de uma nave alienígena. Após um encontro inesperado de um repórter investigativo com uma das criaturas, ambos se fundem em um mesmo corpo, uma analogia ao médico e o monstro, ou mesmo ao Hulk, que ambos, homem e criatura duelam pelo controle do corpo e da mente, dialogando e tentando estabelecer limites. O filme tem duas partes bem distintas. A primeira parte é um arrastado suspense investigativo, enquanto a segunda, um filme de ação certinho e com efeitos especiais duvidosos. Essa coisa de tentar ficar em cima do muro e agradar todo mundo sempre acaba mal. A ação é suave, bobinha e sem a violência se esperam afinal, é uma criatura assustadora, um aliem monstruoso e cheio de dentes. O pior mesmo são os efeitos CGI que lembram produções pequenas de series para televisão. Tudo isso com um roteiro que se perde em incoerências e situações das mais descabidas. Tom Hardy, que sempre desenvolve bem personas introspectivas, fica avulso em uma produção sem personalidade, e pior ainda para a bela Michelle Williams, uma atriz acostumada a grandes atuações, ficou completamente subutilizada. Muito se falou sobre essa produção e os fãs estavam aguardando ansiosamente mas, infelizmente, a proposta que resultou de uma disputa entre estúdios, não poderia ter um desfecho pior e um filme claramente caça níquel. Sempre bom avisar que tem sim cena pós-créditos. Vale sim o ingresso, principalmente para os fãs, e a indicação etária é para maiores de 14 anos.

O outro filme que entra em cartaz em Nova Friburgo esta semana é O Que de Verdade Importa. O cineasta espanhol Paco Arango produziu, escreveu e dirigiu essa comédia dramática sobre a fé e os pequenos milagres que ocorrem, de forma fluida e capaz de prender a atenção sem muito apelar para o sentimentalismo a qualquer custo. O enredo é sobre um solteiro convicto que vive sem se preocupar, sem ambição ou inspiração, encadeando relações superficiais e entregue a uma realidade desinteressante. Tudo muda com a aparição de um tio que paga suas dívidas e o despacha para uma cidade pequena na Nova Escócia, onde por um mal entendido ele descobre sua verdadeira vocação. Apesar do argumento simples e da jornada óbvia, a narrativa mescla bem o humor com a transformação do herói. Outro ponto forte é a ótima química entre os atores, principalmente o par romântico interpretado por Oliver Jackson-Cohen e Camilla Luddington. A boa fluidez se perde no final com clichês e situações forçadas, mas isso, não tira os méritos do filme que ainda de quebra tem como objetivo ajudar a milhares de pessoas que lutam contra o câncer. Bom divertimento e certamente vai emocionar. Vale sim o ingresso e a indicação etária é para maiores de 10 anos.

Sugestão:
Para assistir em casa a dica desta semana vai para O Abutre. Jake Gyllenhaal estrela essa produção melancólica e angustiante que explora a psique em torno do sensacionalismo, que vai além dos desajustados e aponta o dedo também para o público.

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