Estreia esta semana em Nova Friburgo Paulo, Apóstolo de Cristo. Esta é uma produção menor e que acabou se perdendo ao tentar diversos caminhos para contar a história de Paulo, o perseguidor de cristãos que é convertido e se transforma em um pregador, o discípulo póstumo de Cristo. Interessante que Paulo passa praticamente todo o filme preso e não é de fato, o centro das atenções, funcionando mais como um mentor, um provador de ideias e pensamentos. Com apenas 5 milhões de dólares, orçamento muito modesto para Hollywood, o filme tenderia para algo intimista, mas o diretor Andrew Hyatt atira para todo lado sem conseguir dar uma identidade estética e, para piorar, tentando compensa o baixo orçamento com sacadas o tempo todo. Isso, quando feito sem planejamento, não funciona e esse foi mais um exemplo. Planos abertos demasiadamente, slow motion, unfocused background, e um monte de técnica que os editores animadinhos adoram usar para tentar engrandecer visualmente. O roteiro também não ajuda, assim como a fotografia, que exagera tentando criar simbolismos sem direcionar uma narrativa clara e específica. A parte boa está no elenco que se esforça e consegue salvar o filme. Destaque para James Faulkner e Jim Caviezel. Andrew Hyatt escreveu e dirigiu uma obra confusa, com baixo orçamento e que deixa mais dúvidas do que certezas o sobre seu trabalho. Somente para quem gosta muito de filmes bíblicos. A indicação etária é para maiores de 12 anos.
A outra estreia desta semana é Verdade ou Desafio. Esse é mais um filme de terror adolescente que usa uma premissa popular para atrair a atenção e, mesmo não desenvolvendo um roteiro interessante, soube usar bem o jogo de gato e rato que fazia sucesso no gênero nos anos 80 e 90. A questão basicamente gira em torno de como cada um vai morrer e quem vai sobreviver, além da bonitinha, claro. O enredo é sobre uma brincadeira que desafia os jogadores a responder uma pergunta ou realizar um desafio, normalmente constrangedor. Após um grupo de jovens fazer a brincadeira em uma casa abandonada, coisas estranhas passam a perseguir o grupo, e eles são desafiados um a um, a revelar verdades difíceis e com duras consequências ou morrer. O grupo então se une para buscar uma solução para a maldição. Apesar da eficiência das ações, o desfecho decepciona e tudo se limita ao jogo, sem qualquer desenvolvimento ou novidade. O elenco funciona bem, principalmente Lucy Hale, Tyler Posey e Violett Beana, o que segura a atenção do público até o final. Mérito por ser uma proposta usando forças paranormais sem apelar para sustos e o clímax musical, mesmo sendo tudo previsível. Essa produção segue a tendência de baixo orçamento, com custo de 3,5 milhões de dólares, e que já faturou 35 milhões, uma receita de sucesso mas que raramente consegue desenvolver algo relevante. Esse é um bom terror como entretenimento, mas que nada acrescenta ao gênero ou mesmo para o espectador. Vale sim o ingresso e a indicação etária é para maiores de 14 anos.
Sugestão:
Para assistir em casa a dica desta semana vai para Salvation. Séria da CBS de ficção científica com bom ritmo, algum drama e reflexões sobre a sociedade contemporânea. A trama tem como pano de fundo um meteoro que vai colidir com a terra, o que desencadeia uma corrida para superar desafios diplomáticos e tecnológicos para deter a ameaça.
