A única estreia desta semana é Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo. Dez anos depois, Mamma Mia ressurge com uma ideia batida mas funcional, contar o passado das personagens adoradas e apontar um futuro para o desenvolvimento de uma franquia. Com os musicais ganhando força nos cinemas, amado por muitos mas odiado também, seria inevitável uma sequência para esta adaptação escrita para o teatro por Benny Andersson e Björn Ulvaeus, toda ambientada por músicas do grupo sueco ABBA, que fazia sucesso na década de 70. O filme passa a maioria do tempo em momentos anteriores ao original. Donna conhece os possíveis pais de Sophie e se apaixona pela ilha, enquanto tenta e revigorar o hotel. Com uma trama pouco desenvolvida, o roteiro se perde ao detalhar o que ja sabemos, reservando pouco tempo para o que realmente interessa. O pior mesmo é que os números musicais secundários são mecânicos, com pouca fluidez e criatividade. Mamma Mia é claro, é o momento maior com muita cor, energia e presenças marcantes. O elenco das versões mais jovens dos possíveis pais não decepciona. Destaque para Lily James que demonstra o carisma e a força da jovem aventureira Donna. Meryl Streep pouco aparece, assim como Pierce Brosman, Colin Firth e Stellan Skarsgård. Quem rouba a cena é a Cher, muito maquiada, loira e poderosa como sempre. Impossível não ser impactado quando ela entra em cena. Resumindo, este é um musical com ótimas canções mas sem capricho na maioria dos números musicais. Tem coração, mas se perde com uma narrativa equivocada. Ainda assim, traz belos momentos que deixam um gosto de querer mais. Importante a dica para esperar os créditos. Vale sim o ingresso a indicação etária é para maiores de 10 anos.
Sugestão:
Para assistir em casa a dica desta semana vai para A Garota Dinamarquesa. Apesar de ter sido indicado e vencido diversos prêmios, o filme estrelado por Eddie Redmayne passou batido pelo Brasil. Dirigido por Tom Hooper, ele aborda uma questão forte e ainda atual sobre descobertas e preconceitos. Vale a leitura e vale o debate.
