Filmes da semana 03/01 até 09/01

05/01/2019 19:03:10
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Estreia esta semana nos cinemas em Nova Friburgo Wifi Ralph – Quebrando a Internet. Continuação do sucesso que arrebatou mais de 470 milhões de dólares nas bilheterias em 2012, Ralph e Vanellope se metem nas mais atrapalhadas aventuras e acabam indo parar na internet. Pode parecer estranho isso, mas vai aqui uma explicação sem spoiler: Ralph é um vilão de vídeo games, isto é, uma personagem de um jogo, como o famoso Donkey Kong que jogava os barris e aprisionava a mocinha. O enredo é, portanto, muito apropriado e pode brincar com a criatividade. Imaginar a internet como um universo que lembra Tron é interessante e altamente lucrativo para os produtores, afinal focam em marcas como E-bay e Amazon que, certamente, pagaram caro para aparecer. O arco narrativo é bobo e previsível, não acrescenta muito ou traz uma boa mensagem edificante, mas o conjunto da obra é muito bom. O roteiro se utiliza bem das referências da Disney fazendo brincadeiras com as princesas, com Star Wars e até mesmo com a vinheta de passagem do batman dos anos 60. Wifi Ralph é uma grata surpresa e vai agradar tanto as crianças como os familiares e acompanhantes. Vamos aguardar que uma terceira animação é mais do que provável e será bem-vinda. Vale muito o ingresso e a indicação etária é livre para todas as idades.

Outra estreia é desta semana é O Manicômio. O primeiro filme de terror do ano de 2019 a entrar em cartaz usa a mesma forma narrativa que deu força ao Bruxas de Blair assim como outros, lembrando em alguns momentos os games em primeira pessoa. O enredo é simples e aposta tudo na reviravolta perto do final quando o terror ganha algum peso. Um grupo de jovens youtubers vão passar uma noite em um lugar isolado e trancado que em outros momentos abrigou uma instituição violenta para pessoas com problemas psicológicos. Todos com seus celulares e gravando de várias formas, as coisas começam a ficar estranhas quando cai a noite e membros do grupo começam a desaparecer. Apesar dos exageros e os clichês, a ideia é boa e o filme tem pontos muito interessantes. Existem momentos de pura preguiça criativa também como o primeiro e o ultimo minuto que insiste em induzir algo desnecessário e que diminui a trama. Essa é uma produção genuinamente alemã simples de ser executada tecnicamente, e que ganhou as telas em todo mundo por méritos. Existe uma mensagem interessante por trás de tudo que ajuda a dar força e um pouco de verossimilhança para o filme. Pode não agradar a todos, mas é um terror que vai ficar cozinhando na cabeça e de vez em quando será citado como exemplo. Vale sim o ingresso e a indicação etária é para maiores de 16 anos.

A última estreia desta semana é Dragon Ball Super: Broly. Criado por Akira Toriyama em 1984, a franquia dos guerreiros mais poderosos do universo em busca das esferas de dragão, viraram um tipo de seita com milhares de seguidores e com diversos tipos e versões narrativas. Só para dar uma ideia do tamanho da franquia, esse é o vigésimo longa-metragem. Claro que quem não conhece esse universo vai ter problemas para entender e acompanhar o enredo. Não tem como buscar um didatismo o tempo todo, e o diretor Tatsuya Nagamine até dedica no início algum tempo para apresentações e o bom humor nipônico, mas a primeira metade faz bem é contar a origem do Broly e esquentar os motores para as batalhas. Existem muitas referências com o universo Marvel e DC que podem ser observadas, o próprio Broly lembra o Hulk. Após a primeira metade a batalha começa, o que dura em torno de cinquenta minutos. Você pode estar pensando que é muito tempo, mas não para o Dragon Ball que dedicava vários episódios em uma única batalha. Na verdade é isso que interessa e que todos os fãs querem ver. Um dos pontos altos é a qualidade da animação que visualmente empolga ao som de músicas muito bem encaixas de desenvolvidas. Isso é consequência de um excelente trabalho de pré-produção e o resultado é de encher os olhos. Aos poucos Dragon Ball vem se solidificando mesmo passada a sua geração de origem e tenta se renovar principalmente com os sucessos recentes de Dragon Ball Z: Battle os Gods de 2013 e o Dragon Ball Z: Resurrection ‘F’. Vale muito o ingresso e para os fãs é obrigatório. A indicação etária é para maiores de 10 anos.

Sugestão:
Para assistir em casa a dica desta semana vai para Roma de Cuarón. Um belo drama com uma narrativa autoral e que vai arrebatar boa parte dos prêmios que estão para vir nesse início de 2019. Vale pela beleza narrativa, a estética e o olhar apurado.

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