A principal estreia desta semana é Perdido em Marte. Do aclamado diretor Ridley Scott, o filme é uma adaptação do romance de Andy Weir e conta a história de um astronauta que é deixado, após um acidente, sozinho em Marte. Tirando o fato de ser muito previsível, todo o resto é só acerto. São muitas as soluções encontradas para conduzir narrativamente o filme. Basta dizer que é uma pessoa, um planeta e mais “nada”. Os diálogos com as câmeras dão um toque realista e humaniza o personagem. A produção é incrível, com destaques para a maquiagem e os efeitos especiais. O 3D é suave e foca nas belas imagens do espaço e de Marte. Destaque também para a bela trilha sonora de Harry Gregson-Williams, muito importante nesse tipo de filme. O elenco com nomes como Matt Damon, Jessica Chastain, Sean Bean, Kate Mara, Jeff Daniels, só para pontuar alguns, está afiadíssimo e bem conduzido. É um ótimo filme de superação, lealdade e esperança sem ser piegas. Fica a reflexão de onde está o vilão. É o planeta Vermelho ou somos nós mesmos? Vale muito o ingresso e a indicação etárias é para 12 anos.
A outra estreia desta semana é Vai Que Cola – O Filme. Um dos maiores sucessos da televisão por assinatura nos últimos tempos finalmente chega às telas dos cinemas. Para quem conhece a série do Multishow, é só sentar e relaxar. É o mesmo do mesmo. Muitos estereótipos, exageros e boas piadas. Dessa vez a turma, comandada por Paulo Gustavo, sai do Méier e vai para a Zona Sul do Rio de Janeiro. O bom é que não conseguimos levar esse pessoal muito a sério e melhor, eles também não. Isso minimiza o politicamente incorreto e cria um espaço para ir além sem ser grosseiro. O problema está no roteiro e no elenco inchado. É muita gente para pouco tempo de filme. A necessidade de inserir os personagens cria buracos no roteiro e subtramas sem sentido. Enquanto Samanta Schmitz e Catarina Abdalla são bem aproveitadas, outros como Fernando Caruso e Cacau Protásio ficam perdidos no filme. A estrela é o Paulo Gustavo que avacalha, brinca e quebra a quarta parede sem descer do salto. Essa fórmula de levar para o cinema versões de séries de sucesso é certamente uma boa aposta e vai render bons frutos. Adaptar, porém, é que não é muito fácil. Com acertos e erros, o filme é engraçado e vai agradar. Vale sim o ingresso e a indicação etária é para maiores de 12 anos.
Sugestão:
A dica para ver em casa vai para Frida. Um belo filme biográfico interpretado por Salma Hayek sobre a vida e a obra de uma das maiores e mais influentes pintoras do surrealismo e da arte moderna.
