Witzel usa as redes sociais para dizer que “não sou ladrão”

15/07/2020 16:54:30
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O governador do RJ, Wilson Witzel, postou nesta quarta-feira, 15/7, um vídeo em suas redes sociais em que garante não ser ladrão. “Não sou ladrão e não deixarei que corruptos e ladrões estejam no meu governo”, afirmou.

E acrescentou: “Sou preparado para guerra, seja no campo de batalha ou nos tribunais. Eu governo o RJ com ética e transparência para fazer o melhor pela população fluminense e não compactuo com qualquer desvio de conduta”, escreveu.

“Fui juiz federal por 17 anos. Na minha carreira, tive uma vida ilibada”, descreveu. “Todas essas acusações levianas que estão sendo feitas contra mim são por parte de gente que não quer um juiz governando o Estado do Rio de Janeiro”, pontuou no vídeo.

“Continuaremos combatendo a corrupção. Fui um juiz linha dura e isso, infelizmente, está incomodando muita gente ligada ao crime organizado e às máfias que atuam no estado. Por que será que alguns não querem um ex-juiz governando o estado?”, indagou.

O governador encerra o vídeo pedindo ao povo “que acredite”. “Nós vamos vencer essa guerra contra a corrupção.”

INVESTIGAÇÃO FEDERAL 

O governador é investigado pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF) na Operação Placebo, sobre supostas fraudes em contratos na Saúde para a Covid-19, e enfrenta um processo de impeachment na Alerj, pelas mesmas razões.

Nesta terça-feira, 14/7, o ex-secretário Edmar Santos acertou uma delação que envolve Witzel. O acordo foi feito com a Procuradoria-Geral da República (PGR), mas ainda não foi homologado.

Edmar Santos prometeu entregar um conjunto de provas que revelariam a participação do governador Wilson Witzel no esquema que mandou para a cadeia a cúpula da Saúde no estado, incluindo o próprio ex-secretário.

Em 26 de maio, Witzel e sua mulher, Helena, foram alvos de mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro Benedito Gonçalves, do STJ.

A Operação Placebo investiga desde então os crimes de peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A Organização Social Iabas foi contratada de forma emergencial pelo governo do RJ para construir e administrar sete hospitais de campanha. Contrato no valor de R$ 835 milhões é cercado por irregularidades, segundo investigadores.

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