Witzel tenta na Justiça suspender o impeachment na Alerj

14/07/2020 16:51:28
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O governador Wilson Witzel (PSC) entrou na Justiça com um mandado de segurança para tentar suspender o processo de impeachment a que responde na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

No documento, a defesa alega “ato ilegal e violador de garantias fundamentais” praticado pelo presidente da Casa, André Ceciliano (PT), o presidente da Comissão de Impeachment, deputado Chico Machado (PSD), e o relator da comissão, deputado Rodrigo Bacellar (Solidariedade).

Ainda no documento, a defesa do governador fala em cinco “evidentes ilegalidades” no processo. “A Alerj, sem elementos mínimos, decidiu, no dia 6.7.2020, prosseguir com as denúncias. São denúncias, portanto, no escuro, à míngua de provas, sem lastro documental mínimo, escoradas, apenas, em decisão que deferiu colheita de provas sobre meras investigações”, diz um trecho texto.

O pedido que pode afastar o governador foi feito pelos deputados Luiz Paulo e Lucinha, ambos do PSDB, que acusam Witzel de crime de responsabilidade. O tucano fundamentou o pedido. “Primeiro a relação do governador com o senhor Mário Peixoto, lembrando que a primeira operação deflagrada pelo Ministério Público e pela Polícia Federal chamou-se Operação Favorita porque o Mário Peixoto era o favorito do rei. O segundo aspecto diz respeito a Organização Social Unir que foi requalificada pelo governador e nas gravações há indícios que tinham interesses pecuniários envolvidos.

A terceira questão é que uma outra empresa, também ligada à família Peixoto estava pagando honorários advocatícios de 36 parcelas na ordem de R$ 15 mil por mês para primeira dama”, explicou. Segundo Luiz Paulo, ainda pesa a decisão do ministro do STJ pedindo buscas e apreensões na Operação Placebo mostrando que haviam fortes indícios de corrupção com a participação do governador. “Então não tenho dúvida alguma que o pedido de impeachment está muito bem fundamentado”, declarou.

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