Witzel cobra recursos federais e diz que reavalirá isolamento social no Estado do Rio no dia 30/3

26/03/2020 10:24:59
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Em entrevista ao vivo na Tv Globo, o governador Wilson Witzel, afirmou nesta quinta-feira, 26/3, que terá de reavaliar as medidas protetivas contra o coronavírus caso o governo federal não socorra o que chamou de “caos financeiro” do estado. O prazo, diz Witzel, é na próxima segunda-feira, 30/3.

“Se o governo federal, até segunda-feira, não apresentar algo que dê esperança para que as pessoas possam saber que não vão morrer de fome e não vão ter um cataclismo nas suas vidas, vai ser muito difícil continuar com essas medidas protetivas, porque nós não podemos brigar e pedir para as pessoas ficarem em casa”, destacou Witzel.

“Não podemos falar para que as empresas fiquem fechadas se quem tem condições de socorrer, que é o governo federal, e tem dinheiro pra isso, não tomar as providências. A responsabilidade passa a ser deles”, emendou.

“Não podemos pedir para autônomos e pequenos empresários ficarem paralisados se não houver uma sinalização imediata do ministro [da Economia] Paulo Guedes que ele vai colocar pelo menos R$ 500 bilhões na economia – que é a cifra que nós mais ou menos imaginamos que deve ser colocada na economia”, detalhou.

MEDIDAS PROTETIVAS – Desde o dia 16, decretos estaduais e municipais determinaram o fechamento do comércio em todo o RJ, salvo “serviços essenciais”, como supermercados e farmácias. O transporte público para a capital está restrito. Escolas, creches e universidades estão fechadas.

Segundo Witzel, o Estado do Rio tem feito o possível para enfrentar a pandemia do coronavírus. “Fizemos o dever de casa no ajuste fiscal”.

O governador sublinhou que “a União tem que fazer a sua parte… Agora quem pode ajudar o resto do país é a União”, disse. “Se isso não acontecer, vamos entrar num caos financeiro”, afirmou.

Witzel acrescentou: “A situação do RJ é tão delicada quanto a situação de todos os empresários que estão passando por essa dificuldade nesse momento. Então, falar de abrir mão de receita é muito difícil. Quem tem que botar dinheiro na economia é o governo federal. E precisa fazer isso rápido”, pediu.

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