Voluntários dão aulas de reforço online para crianças da rede pública em Friburgo

31/08/2020 11:22:40
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Projeto surgiu após amigos perceberem a dificuldade que pais e alunos têm para lidar com o conteúdo disponibilizado durante o período de pandemia. Oito estudantes do curso normal fazem parte do projeto e já atendem cerca de 30 crianças.

Um grupo de estudantes do curso normal, que forma professores habilitados a lecionar no ensino elementar, do Instituto de Educação de Nova Friburgo, criaram um projeto para ajudar crianças no aprendizado remoto durante a quarentena.

A ideia dos amigos surgiu ao perceberem a dificuldade que pais e alunos têm para lidar com o conteúdo disponibilizado pela rede pública de educação de forma online, além da necessidade do acompanhamento de um professor para tirar dúvidas.

Quem deu o primeiro passo foi o Ibamar Coutinho Gonçalves, de 19 anos.

Eu tive essa ideia e chamei outras quatro amigas minhas que também cursam o curso normal pra fundar o projeto e colocar ele em ação“, disse Ibamar.

Uma das integrantes é a Ana Isabel Sengy, de 17 anos. Ela explica que, inicialmente, eles procuraram entender as dificuldades encontradas pelos estudante e responsáveis e, a partir daí, elaboraram formas de ajudar.

Nem sempre os pais estão podendo ajudar, porque tem a questão do trabalho. É muito gratificante saber que estamos, de alguma forma, ajudando as pessoas“, contou a jovem.

O grupo dá aulas online para as crianças que precisam de reforço escolar, ou têm dificuldades de aprendizagem. Atualmente, o projeto atende 30 alunos do ensino infantil ao 5º ano do ensino fundamental.

Os responsáveis fazem a inscrição dos alunos e colocam quais as dificuldades deles. Aí gente monta um programa. Tem uma pessoa que cuida dessa parte, a gente separa e cada um cuida de uma matéria“, explicou Ibamar.

As aulas são com hora marcada, e acontecem uma vez por semana. Atualmente, oito voluntários participam do projeto.

Uma das crianças atendidas pelo projeto é a Ana Paula Ferreira da Silva de 9 anos. A mãe diz que o projeto veio muito a calhar.

Você tirar a atividade e você mesmo corrigir não é a mesma coisa que um professor. Eu acredito nesse projeto e sei que a Ana Paula vai evoluir bastante, porque ela tem dificuldade na leitura e na escrita“, contou Paloma Nunes Lourenço, de 31 anos, mãe de Ana Paula.

A iniciativa está precisando de mais voluntários. Os interessados em fazer parte do grupo podem entrar em contato pelo e-mail projetorenf@gmail.com.

https://g1.globo.com/rj/regiao-serrana

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