Um presépio completa 70 anos – Uma tradição a ser preservada

21/12/2016 19:04:54
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por Leyla Lopes

Foi por ocasião da proximidade do Natal de 1946, que ganhei de minha madrinha de Crisma, as primeiras figuras do presépio, ao passar, alguns dias de férias em sua casa no Rio. Eram elas: a Sagrada Família, os Santos Reis e seus camelos, um burrinho, um boi e a cabana.

A cada ano, sempre no início de dezembro, na cidade do Rio, minha mãe tinha o cuidado de adquirir, nas Lojas Americanas, uma peça nova para o presépio: pastores, carneiros, ponte, poço, castelo etc.

No começo, eu montava o presépio em cima de um móvel da sala. Alguns anos depois, meu pai, o médico Salim Lopes, encomendou a um carpinteiro uma armação para montá-lo num canto da sala, como um cenário, inclusive com alguns painéis de fundo, refletores e cortina.
Com o falecimento do Dr. Salim, eu passei a montar o presépio na sala de espera de seu consultório.

Uma das minhas maiores alegrias foi ter recebido por três vezes a visita de uma folia de Reis. Eu sempre sonhei com isso, foi uma felicidade imensa, fiquei realizada quando isso aconteceu.

Na tragédia de 2011, a enchente chegou a uns 70 cm na sala onde fica montado o presépio, porém a mesa não chegou a virar e tudo ficou intacto, pareceu um toque divino.

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