Tios do Friburguense: 158 anos de serviços prestados ao clube

29/02/2016 11:44:25
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O zagueiro Cadão, de 44 anos, o lateral-direito Sérgio Gomes, de 42, o atacante Ziquinha, de 37, e o volante Bidu, de 35. O quarteto de vovôs do Friburguense tem mais uma missão nesta quarta-feira, 2: levar o tricolor serrano à vitória contra o Fluminense, às 21h45, no Estádio Eduardo Guinle.

O quarteto foi tema de uma ampla reportagem do jornal Extra, neste final de semana. Confira aqui, na íntegra:

Com o clima mais ameno em comparação à capital, Nova Friburgo atrai os turistas que preferem fugir da badalação. No Friburguense, o ambiente parece propício para a longevidade dos jogadores. No Estádio Eduardo Guinle desfilam os dois atletas mais experientes do Campeonato Estadual: o zagueiro Cadão, de 44 anos, e o lateral-direito Sérgio Gomes, de 42. Na linha dos veteranos, ainda estão o atacante Ziquinha, de 37, e o volante Bidu, de 35. Em quinto lugar no Grupo B, a equipe da Região Serrana sonha com a vaga na segunda fase. O próximo desafio será em casa, contra o Fluminense, na quarta-feira.
Os mais velhos do elenco não ganham privilégios durante os treinos. De acordo com o preparador físico do clube, Paulo Fagundes, o trabalho é o mesmo para todos:
— São exemplos de longevidade e comprometimento. Não gostam de ficar fora das atividades e os resultados estão entre os melhores.
Na serra depois da aposentadoria
O tio do grupo é Cadão. E podem chamá-lo assim, porque isso não ofende o jogador mais velho do Campeonato Estadual.
— Os mais novos costumam brincar, com muito respeito. Pensei que nunca conseguiria jogar até os 44 anos, mas sempre me cuidei e hoje ainda aproveito a carreira — conta o zagueiro, que faz faculdade de educação física: — Estou há mais de 20 anos no futebol e pretendo continuar nele após a aposentadoria. Só ainda não defini em qual função.
No que depender da tradição do Friburguense, Cadão pode já ter encontrado seu próximo pouso. O clube tem em seu quadro de funcionários três exemplos: o ex-goleiro Adriano, preparador de goleiros; o ex-lateral Eduardo, técnico do sub-20; e o ex-volante Merica, auxiliar do profissional.
— Antes de me aposentar, em 2010, sabia que tinha chance de continuar aqui. Isso dá força em um momento difícil. É um clube que valoriza o profissional — conta Adriano.
Gerente de futebol, José Eduardo Siqueira confirma a tendência de acolher ex-atletas:
— Esses jogadores ficaram muito tempo aqui e, por isso, conhecem bem como o clube funciona. É melhor dar oportunidade para quem está aqui.

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