STF NEGA PEDIDO DE LIBERDADE PARA PEZÃO Governador permanece preso em unidade da PM

10/12/2018 08:45:57
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou neste domingo, 9/12, liberdade ao governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, que está preso desde 29 de novembro em quartel da Polícia Militar em Niterói, Região Metropolitana do Rio.

Pezão foi preso na operação batizada de “Boca de Lobo”, baseada na delação premiada de Carlos Miranda, operador financeiro de Sérgio Cabral. Além do governador, outras sete pessoas foram presas. Ao todo, 9 mandados de prisão e 31 de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça.

Em sua decisão, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, avaliou que não houve ilegalidade na prisão do governador do Rio de Janeiro.

“Nessa perspectiva, não há flagrante ilegalidade na compreensão firmada na decisão atacada, pois o entendimento desta Suprema Corte aponta no sentido de que o destacado modo de execução e a gravidade concreta do delito constituem fundamentos idôneos à determinação da custódia cautelar para resguardar a ordem pública”, acrescentou.

O ministro negou a liminar, mas ainda haverá julgamento de mérito.

“Assim, neste juízo de cognição sumária, não se identifica manifesto constrangimento ilegal ao direito de liberdade do paciente a justificar a concessão de medida liminar para afastar a prisão cautelar decretada. A controvérsia será analisada na oportunidade própria do seu julgamento definitivo”, concluiu Alexandre de Moraes.

O ministro avalia ainda ser “imperiosa” a necessidade de se garantir a ordem pública, “evidenciada sobretudo diante de fatos concretos aos quais se atribuiu extrema gravidade e que revestem a conduta de remarcada reprovabilidade e inegável prejuízo ao erário”.

Resumo da Operação Boca de Lobo

A prisão preventiva foi determinada pelo STJ; São nove mandados de prisão, incluindo a de Pezão, e 30 de busca e apreensão; A decisão foi baseada em delação de Carlos Miranda, operador financeiro de Cabral; A Justiça determinou o bloqueio de R$ 39 milhões em bens; São investigados os crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção ativa e passiva. Pezão é o quarto governador do Rio a ser preso. O primeiro no exercício do mandato.

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