RJ tem a maior incidência de câncer de próstata nas regiões Sul e Sudeste do Brasil

18/11/2020 11:44:42
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O Rio de Janeiro é o estado com a maior taxa de câncer de próstata das regiões Sul e Sudeste do Brasil. A estimativa para 2020 é de 78,42 casos para cada 100 mil homens no estado. Na capital, a relação sobe para 88,06 casos a cada 100 mil. Os números são do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Os dados fazem com que o alerta feito pelo Novembro Azul, uma campanha promovida pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), com o objetivo divulgar a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata e da saúde do homem, seja ainda mais necessário no Rio de Janeiro.

“Não há estudos científicos que expliquem esta alta incidência no Rio de Janeiro. Provavelmente tem relação com o perfil genético de nossa população. A estimativa reforça a importância do Novembro Azul e da prevenção. O câncer de próstata é extremamente silencioso. Os sintomas só aparecem quando a situação é grave. Se levarmos em conta que, quando precocemente diagnosticado, 90% dos casos podem ser resolvidos, a conscientização da população torna-se ainda mais importante” comentou Rodrigo Frota, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia – Rio de Janeiro (SBU-RJ).

Pandemia reduziu consultas
Em 2020, a situação é ainda pior por conta da pandemia da Covid-19. As regras de isolamento social e o medo de aglomerações e ambientes fechados afastou ainda mais os homens dos exames de rotina.

Entre 15 mil e 17 mil brasileiros deixaram de receber diagnóstico de câncer de próstata durante a pandemia da Covid-19 em todo o país.

O cancelamento de consultas, exames e cirurgias está entre as principais causas para esse cenário, aliado ao medo dos próprios pacientes em procurar atendimento diante do coronavírus.

O momento do exame
A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda o início da avaliação do risco de câncer da próstata aos 50 anos.

Homens de raça negra, obesos mórbidos ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata devem começar aos 45 anos.

Os exames deverão ser feitos após uma análise dos fatores de risco pelo urologista e discussão de riscos e benefícios, em decisão compartilhada com o paciente.

Após os 75 anos, poderá ser realizado apenas para aqueles com expectativa de vida acima de dez anos.

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