Quem é Wilson Witzel, o candidato ao governo do Rio que disparou na frente

07/10/2018 20:36:26
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Azarão da eleição do Rio, o ex-juiz federal Wilson Witzel (PSC) é um novato que se apresentou ao eleitor como um político não profissional com experiência no combate à corrupção. De completo desconhecido, ganhou popularidade na reta final na esteira de seu apoio declarado a Jair Bolsonaro (PSL) na corrida presidencial. Ele foi o mais votado no primeiro turno neste domingo, 7, ficando à frente do ex-prefeito da capital, Eduardo Paes (DEM). Os dois disputarão o segundo turno.

Witzel é servidor público com passagens pela Marinha, o Instituto de Previdência do Município do Rio (Previ-Rio) e a Defensoria Pública. É professor e ex-presidente da Associação dos Juízes Federais do Rio e do Espírito Santo, com carreira na Justiça Federal por 17 anos, tendo participado de casos de repercussão, como o do propinoduto. Ele tem 50 anos, é de Jundiaí e mora no Rio desde os 19.
Witzel deixou em março a magistratura e um salário bruto de R$ 29 mil. Centrou sua campanha em dois pilares: o combate à corrupção e à criminalidade, num Estado que tem um ex-governador (Sérgio Cabral Filho, do MDB) preso e condenado a mais de cem anos de prisão acusado de chefiar um esquema de corrupção, e que há décadas vem mergulhado na violência urbana.

Com o slogan “mudando o Rio com juízo”, e vendendo-se como alguém que “deixou de ser excelência para se juntar ao povo”, o candidato do PSC defende uma força-tarefa contra o narcotráfico e as milícias, sob a lógica que norteou a Polícia Federal na Lava Jato, de rastreamento do dinheiro lavado e de monitoramento telefônico, além de um endurecimento contra traficantes. Para ele, quem estiver portando fuzil num eventual governo seu será “abatido”, por representar um “risco iminente”.

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