O impacto do distanciamento social no desenvolvimento das crianças

16/11/2020 12:09:07
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O afastamento social, por conta da pandemia do coronavírus, teve início em março deste ano. A regra – necessária e importante – orientada pelas autoridades de saúde para controlar a disseminação do vírus, trouxe consequências duras, que afetam também as crianças em desenvolvimento. A rotina, fator importante na primeira infância, foi totalmente afetada pela crise sanitária. Mesmo os pequenos que não frequentavam a escola sofrem com as mudanças.

Estudo realizado recentemente por uma universidade chinesa sobre os efeitos do estresse da pandemia no desenvolvimento infantil apontou que 36% dos pais perceberam dependência excessiva dos filhos. O levantamento ainda mostra que 21% das crianças tiveram problemas no sono; 18%, falta de apetite e 13% ficaram mais agitadas no período de isolamento.

Os brasileirinhos que estão na fase de aprender a falar e a andar têm apresentado mudanças. Com a restrição do convívio social, houve aumento nos relatos dos pais sobre atrasos na fala, alterações de sono, humor, apetite, maior irritabilidade e dependência. Além disso, em alguns casos, comentam sobre a regressão etária. A ausência de contato com outras crianças atrasa esse desenvolvimento social tão importante nesse estágio da vida. “Presas” em pequenos espaços, sem contato com o mundo exterior, essas crianças ficam desestimuladas e o avanço das suas habilidades motoras é comprometido.

Por outro lado, fatores prejudiciais à saúde estão em alta, como o aumento de peso e as dores no corpo causadas pelo sedentarismo. Quem estava aprendendo a nadar, a andar de bicicleta ou qualquer outra prática esportiva, teve de parar. A nova rotina – permanecer em casa constantemente – na companhia de adultos, que também estão exaustos e desmotivados, interfere muito na condição física e emocional dos pequenos.

No entanto, o cenário exige muito equilíbrio. Lidar com as próprias angústias já é difícil. Imagine então ter filhos angustiados! Ser paciente, conversar – mesmo com os menorzinhos é essencial já que eles entendem as nossas expressões faciais e tom de voz. E, dentro do possível, mantenha o corpo e a mente dessa criança ativos.

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