Mulher de Sérgio Cabral usufruiu o prazer do dinheiro, diz juiz

21/09/2017 17:11:47
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Na sentença que impôs 18 anos e 3 meses de prisão por lavagem de dinheiro e organização criminosa à advogada Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, o juiz federal Marcelo Bretas apontou que a ex-primeira-dama “usufruiu como poucas pessoas no mundo os prazeres e excentricidades que o dinheiro pode proporcionar”. Sérgio Cabral foi condenado a 45 anos e 2 meses de prisão pelos mesmos crimes atribuídos à mulher e também por corrupção passiva.

“Adriana Ancelmo era, ao lado de seu marido, mentora de esquemas ilícitos perscrutados nestes autos. Foi também diretamente beneficiada com as muitas práticas criminosas”, afirmou o juiz da 7ª Vara Federal do Rio se referindo à mulher do ex-governador que, atualmente, cumpre prisão domiciliar.

“Ao lado de seu marido, ora apenado, usufruiu como poucas pessoas no mundo os prazeres e excentricidades que o dinheiro pode proporcionar, quase sempre a partir dos recebimentos que recebeu por contratos fraudulentos celebrados por seu escritório de advocacia, com o fim de propiciar que a organização criminosa que integrava promovesse a lavagem de capitais que, em sua origem, eram fruto de negócios espúrios.”

Marcelo Bretas anotou que, ao lado do peemedebista, a ex-primeira-dama “não raras vezes desfilou com pompa ostentando o título de primeira-dama do Estado do Rio de Janeiro, na mesma época em que recebia vultosas quantias ‘desviadas’ dos cofres públicos, com lastro em documentos forjados para dissimular a origem ilícita”.

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