Morre Roberto Farias, de Friburgo, um dos maiores cineastas do país

14/05/2018 15:30:06
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O cineasta, produtor e distribuidor friburguense Roberto Farias morreu nesta segunda-feira, 14, aos 86 anos, no Rio de Janeiro. De acordo com a Central Globo de Comunicação, o realizador de clássicos como “O assalto ao trem pagador” (1962) e de várias chanchadas estava internado no hospital Copa Star, em Copacabana, onde fazia tratamento contra um câncer.

O corpo de Roberto Farias será velado no Memorial do Carmo, na Zona Portuária do Rio, e o enterro acontecerá em Nova Friburgo.
Nascido em 1932 em Nova Friburgo, Roberto Figueira de Farias é irmão do ator Reginaldo Faria e tio do também ator Marcelo Faria – o “s” a mais no sobrenome foi devido a um erro durante registro no cartório.

Chegou ao Rio para cursar Belas Artes e acabou indo trabalhar na Atlântida, empresa cinematográfica. A produtora se tornou um marco no cinema nacional, com mais de 60 filmes no meio do século passado, especialmente as chanchadas – produções baratas e de grande apelo popular.

Roberto Farias tem no currículo mais de 25 filmes como produtor e diretor. De 1957 a 1960, fez seus primeiros quatro longas: “Rico ri à toa” (1957), “No mundo da lua” (1958), “Cidade ameaçada” (1959) e “Um candango na Belacap” (1960).
Dirigiu ainda sucessos de público como “Os paqueras” (1968), “Roberto Carlos e o diamante cor de rosa” (1968) e “Roberto Carlos a 300 quilômetros por hora” (1971). Em 1981, dirigiu “Pra frente Brasil”, premiado nos festivais de Berlim, Huelva e Gramado, entre outros. O filme falava da tortura na ditadura militar.

Também trabalhou na TV, onde dirigiu minisséries como “As Noivas de Copacabana” e “Memorial de Maria Moura”. Também foi responsável por episódios do programa “Você decide”.

Farias foi diretor-presidente da Academia Brasileira de Cinema e diretor geral da Embrafilme entre 1974 e 1978.

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