Lava-Jato prende acusado de esquentar notas do Sistema S

23/02/2018 07:54:23
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Com a ajuda do ex-governador Sérgio Cabral, o presidente afastado da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio), Orlando Diniz, desviou, segundo a investigação, ao menos R$ 3 milhões de duas entidades do Sistema “S”, o Sesc e o Senac-RJ, para a Thunder Assessoria Empresarial, firma na qual figura como sócio-administrador.

Esta conexão, apontada pela força-tarefa da Operação Calicute, versão da Lava-Jato no Rio, é um dos fundamentos da prisão preventiva de Orlando Diniz nesta sexta-feira, 23, ordenada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Ele já teve grande influência em Friburgo, com indicações para as unidades do Sesc e Senac do município.

Os agentes prenderam Diniz na casa do pai do empresário, na zona sul do Rio. Outros três funcionários da entidade também são alvos de mandados de prisão, entre eles Marcelo Salles, diretor-geral, do Senac-RJ e Sesc-RJ. Após a prisão, os policiais levaram Diniz da casa do pai para sua casa, no mesmo bairro, e por coincidência no prédio de Cabral. Na sequência, ele foi levado para depor na sede da Polícia Federal.

A operação de hoje foi denominada “Jabuti”, em referência à maneira como eram tratados os indicados por Cabral pelos funcionários da Fecomércio.

As principais suspeitas:

  • Contratação de funcionários fantasmas com recursos destinados ao Sesc/Senac
  • Contratação do escritório da mulher de Cabral em condições suspeitas
  • Lavagem de R$ 3 milhões por meio de operador financeiro de Cabral
  • Pagamentos suspeitos de R$ 180 milhões a escritórios de advocacia.
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