Governador contratará militares reformados para dar segurança na portaria das escolas estaduais

18/04/2019 09:43:02
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O governador Wilson Witzel lançou, esta semana, o Programa Estadual de Segurança Escolar. Com o nome de ‘Cuidar’, a iniciativa vai levar mais segurança a profissionais e estudantes da rede pública de ensino e aproximará a Polícia Militar e as comunidades onde as escolas estão instaladas.

Entre as ações previstas no programa está a contratação de profissionais egressos das Forças Armadas, mulheres com formação na área de vigilância, policiais militares e civis, bombeiros e agentes penitenciários reformados ou aposentados para realização de serviços de portaria e inspeção patrimonial das escolas, atuando como Monitores Comunitários. Por meio da proposta, policiais militares também farão patrulhamento a pé e em carros e motos identificados próximos aos colégios.

MILITARES REFORMADOS

A ideia surgiu depois do ataque feito por dois elementos armados numa escola pública de Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo, que terminou com dez mortos e um país em choque. A partir dessa tragédia, o governo do Rio decidiu contratar mil militares reformados para os quadros da rede estadual de ensino. Eles ficarão nas portarias de escolas, desarmados, a fim de evitar que alunos entrem armados nas unidades. Também irão atuar na mediação de conflitos.

O Programa Cuidar foi lançado esta semana pelo governador Wilson Witzel. O custo do projeto, que deve entrar em vigor no segundo semestre, será de R$ 40 milhões por ano. Os recursos sairão do orçamento da educação.

ESTADO FARÁ LICITAÇÃO

Os militares deverão ser egressos das Forças Armadas e terão um salário mensal de R$ 2 mil. Quase todas as escolas da rede, que conta com 1.222 unidades, terão o reforço.

O governo vai contratar, por meio de licitação, a empresa que vai selecionar os militares. Eles terão que passar por um treinamento que será oferecido numa parceria com a Polícia Militar.

O secretário estadual de Educação, Pedro Fernandes, explicou que os militares vão ficar na portaria durante a entrada e a saída dos alunos. Fora desses horários, eles assumirão o papel de inspetor dentro das escolas. Ele não descartou, no entanto, que PMs possam ser chamados em situações de ameaças:

“Se tiver uma escola que precise, pontualmente, que um policial do Proeis fique por um determinado período, ele ficará. Mas só quando for uma excepcionalidade. Se a gente tiver uma ameaça real numa escola, colocaremos um policial armado lá”, afirmou.

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