Friburgo perde museóloga Lilian Barreto, do Patrimônio Histórico

02/03/2018 11:54:39
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Em mensagem distribuída à imprensa, a Fundação D. João VI, que cuida do patrimônio histórico de Nova Friburgo, lamentou o falecimento da museóloga Lilian Barretto, aos 74 anos, nesta quinta-feira, 1º. Ela foi vítima de AVC.

O velório será realizado no dia 3 de março, sábado, a partir das 13 horas, no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, e o sepultamento se dará às 16 horas no mesmo local.

NOTA DA FUNDAÇÃO D. JOÃO VI

É com imenso pesar que a Fundação D. João VI comunica que, na noite de quinta-feira, 1º de março, faleceu, vítima de um AVC, a museóloga Lilian Barretto, aos 74 anos.

Desde 2010, Lilian ocupava o cargo de Gerente do Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Nova Friburgo, responsabilidade que lhe foi confiada por toda uma vida dedicada à cultura brasileira.

Formada em história da arte pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e diplomada em cursos de arte decorativa na França, Lilian Barretto foi professora da Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio); idealizadora de programas culturais para o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral); coordenadora adjunta do Programa Nacional de Museus da Fundação Nacional Pró-Memória; Diretora da Fundação Casa de Rui Barbosa e da Fundação Biblioteca Nacional; além de ter sido indicada duas vezes para Ministra da Cultura.

Foi também Chefe e Diretora do Museu da República por seis anos (1983-89). Durante sua gestão no museu, foi desenvolvido o projeto de aproximação da instituição com os cidadãos, possibilitando que a comunidade vivesse e participasse da história do museu, além do restauro integral da edificação, como a conhecemos hoje. Por seus relevantes serviços, em 2010, Lilian recebeu a medalha comemorativa do cinquentenário do Museu da República.

Além desta, Lilian contava com muitas homenagens: título de Cidadã Benemérita do Estado do Rio de Janeiro; Medalha Martim Affonso do Estado de São Paulo – Comemorativa do Mérito Cultural; título de Cidadã da Paz – Comunidade Bahaih da ONU; além de ter sido a primeira mulher do país a receber a Medalha do Pacificador – honra máxima do Exército Brasileiro.

Na década de 1990, Lilian voltou a residir em Nova Friburgo, cidade onde passou sua infância e juventude e que, como ela costumava dizer, só não era seu berço natal porque sua mãe entrara em trabalho de parto durante a descida da serra.

Uma de suas máximas preferidas era o lema do Mobral: “Cultura é a passagem do homem pelo mundo: ele mesmo, sua sombra, seu rastro, seu eco”. Lilian Barretto não somente proferia esta frase, como também a tomou como sua: passou pelo mundo, mas, acima de tudo, deixou sua marca na história brasileira e na vida de todos que tiveram a felicidade de conviver ao seu lado.

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