Friburgo: Pedófilo tinha 1,2 milhão de imagens de crianças

24/05/2019 08:06:59
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O analista de sistemas Jorge Antonio Batalino Riguette, de 67 anos, apontado com um dos 100 maiores distribuidores de pornografia infantil pela internet no mundo, foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão, em 30 de abril, pela Justiça Federal em Nova Friburgo. Jorge Riguette foi preso em Friburgo em outubro de 2018. Ele foi detido em flagrante em sua casa.

Riguette é investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal no Rio de Janeiro. Perícias da PF mostram que ele armazenou em seus dois computadores mais de 1,2 milhão de imagens, entre vídeos e fotos de crianças em cenas de exploração sexual.

“É um homem extremamente perigoso, uma vez que há anos tem interesse sexual por crianças”, explicou a delegada federal Paula Mary, da Delegacia Institucional da PF no Rio de Janeiro.

A informação sobre Riguette foi prestada à Polícia Federal pela polícia da Justiça americana, o FBI, que descobriu a movimentação dele na internet. O rastreamento das imagens transmitidas pela internet levou os policiais a efetuarem a prisão.

As investigações mostraram que, durante décadas, Jorge Riguette, prestou serviços para empresas como analista de sistemas e programador de computadores. No dia a dia, era um homem que não chamava a atenção de vizinhos. Tinha uma vida discreta.

Os policiais dizem que não sabem há quanto tempo ele usava o conhecimento em informática para armazenar e distribuir na internet conteúdo com pornografia infantil.

Segundo as investigações, Jorge Riguette desenvolveu um software que catalogava os arquivos pornográficos por preferências sexuais.

“Uma pessoa com esse conhecimento pode rapidamente interferir nas investigações, impedir os registros dos atos criminosos e neutralizar a ação da polícia”, afirmou João Felipe Villa do Miu, procurador da República em Friburgo.

De acordo com o procurador, ao descobrir que Riguette era um programador e analista de sistemas, os investigadores precisaram redobrar o sigilo e redobrar o sigilo numa tentativa de impedir que houvesse perdas de provas.

Ao realizar buscas na casa do analista, em Nova Friburgo, a Polícia Federal encontrou uma espécie de “bunker” de informática voltado para a distribuição de conteúdo pela internet.

No local, havia dois computadores com uma banda larga expandida para a troca de imagens, 24 horas por dia, do material ilícito.

“Ele tinha capacidade de distribuir em alto volume e isso por toda a internet , então, neutralizar, impedir que ele continuasse na sua prática criminosa evita que esse material seja espalhado ao redor de todo o mundo impedindo que outras pessoas tenham acesso. Assim, evita que esse material circule aí nos fóruns que a gente vê na internet”, explicou o procurador da República.

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