O delegado Henrique Pessoa, titular da 151ª DP Nova Friburgo, vem informar a população no que refere a questão da remoção de cadáveres, que estes só serão removidos ao IML (Instituto Médico Legal) em caso de morte violenta ou suspeita.
A recente matéria em um jornal local parte de uma premissa errada e maldosa. Não há chance de rompimento com a municipalidade (Prefeitura), afinal a questão está fundada em aspetos técnicos e legais, acreditando que tudo será solucionado com bom senso e adequação das partes ao que determina a lei, alcançando-se por oportuno, um denominador que atenda a população de forma condizente e humanizada.
Muitas vezes, médicos de hospitais públicos assoberbados acabam por fazer o encaminhamento indevido do cadáver para o IML, órgão de Policia técnico-científica, que tem por finalidade produzir provas em casos criminais ou suspeitos.
Assim, em caso de morte natural, desnecessário o registro policial e encaminhamento do corpo ao IML, fato que onera a Polícia, que terá que proceder uma necropsia indevida e desnecessária, que não só causará embaraços à instrução de outros feitos eventualmente objeto de inquérito policial, além de acarretar enorme constrangimento às famílias do falecido, que como se já não bastasse a perda de um ente querido, se vêm obrigadas a enfrentar o fato deveras traumático de ver o corpo submetido a uma desnecessária necropsia.
Some-se a isso o fato de que o local onde se encontra o corpo exige a guarda pela PMERJ (Polícia Militar), fazendo com que guarnição policial fique retida em local onde não houve crime, quando poderia estar patrulhando outros locais onde a necessidade é real.
Cremos no diálogo e aguardamos em breve reunião com representantes da PMNF (Prefeitura), PMERJ (Polícia Militar), CREMERJ e outros que se façam necessários, acreditando que a mediação de interesses é o melhor caminho para que, em última analise, a população de Nova Friburgo seja atendida de forma adequada e eficiente.
Para finalizar, surpreende que um ofício que sequer foi firmado pelo ilustre secretário municipal de Saúde e, portanto, sequer recebido pelo delegado da 151ª DP tenha sido repassado a órgão de mídia, que utilizou-se disso para tentar gerar uma crise que nunca existiu e cremos que não será necessária, já tendo sido o tema tratado em momentos distintos, sendo contemporaneamente necessários ajustes para o bom e seguro funcionamento dos órgãos, sobretudo nesse tempo de pandemia, onde todo cadáver deve ser tratado como “risco biológico”, devendo ser evitada sua remoção indevida.
No ensejo, reitero o profundo respeito aos gestores públicos, médicos e profissionais de saúde em geral, e reafirmo o compromisso da PCERJ (Polícia Civil) em contribuir com a cidade de Nova Friburgo e sua população.
