Fim do telefone fixo? Brasileiros preferindo celular pós-pago

04/08/2020 18:43:19
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Cada vez menos os brasileiros contratam e usam linhas de telefonia fixa. Um levantamento recente do site Melhor Plano mostrou que, em 12 meses, 4,1 milhões de linhas do tipo foram canceladas no país. Isso corresponde a cerca de 11% de queda no número total de telefones fixos no Brasil durante o período.

A fonte dos dados é a Anatel (Agência Nacional das Telecomunicações). Em maio deste ano, o total de linhas do tipo no país era de 31,7 milhões, contra 35,8 milhões em maio de 2019. No mesmo período, as linhas móveis foram de 228,6 milhões a 225,3 milhões —houve queda, mas apenas de 1,4%.

As linhas móveis cresceram de maneira significativa na última década, indo de 202 milhões no início da década até 228,6 milhões (13,1% de crescimento), de acordo com os dados de maio da Anatel.

O número de telefones fixos se manteve estável nesse intervalo de tempo, mas obteve queda nos últimos anos. O número de pré-pagos era de 42,1 milhões no final de 2010, atingiu 44 milhões em dezembro de 2014 e em maio deste ano, chegou a 31,7 milhões. Portanto, houve uma redução de 24,7% em quase dez anos.

Ainda há resistência
Apesar de esta postura ser uma tendência, a queda nas linhas fixas ocorrem de maneira muito mais suave do que o crescimento das linhas móveis. Um dos motivos para isso, segundo os analistas do Melhor Plano, está no fato de que a telefonia fixa ainda é um serviço tradicional e muito usado por empresas.

Há também pessoas que mantêm uma linha física por hábito ou por força maior.

Pós em alta, pré em baixa
Outra tendência verificada pelo levantamento do Melhor Plano é a queda de linhas pré-pagas, enquanto o número de linhas pós-pagas tiveram movimento oposto. Entre março de 2015 e abril de 2020, a Anatel registrou queda de 46,65% na quantidade de linhas pré-pagas ativas —de 213 milhões de linhas em março de 2015 a 114 milhões em abril deste ano.

Enquanto isso, os assinantes de planos pós-pago —o que inclui a modalidade “controle”— cresceram de maneira sustentada, de 70 milhões em 2015 a 49,2 milhões em maio deste ano —uma queda de 29,7% no período. Atualmente, os pré-pagos ainda são uma pequena maioria: 50,71% do total de linhas no Brasil, contra 49,29% dos pós-pagos. “Entre as razões para os consumidores migrarem dos planos pré para os pós está o melhor custo-benefício e o aumento do uso de internet móvel entre a população.

Para quem usa com frequência redes sociais, assiste a vídeos e joga online, os planos pós-pagos e controle tendem a ser mais vantajosos por oferecerem uma franquia de dados maior.

Um dos maiores vilões dos pré-pagos é o custo-benefício do pacote de dados. As desvantagens do pré-pago ficam evidentes à medida que o consumidor faz uso contínuo da internet móvel. O preço por GB da recarga nas principais operadoras chega a ser cinco vezes mais caro do que o preço por GB nos planos mensais. No final, pode sair bem desvantajoso para o bolso do usuário.

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