Estado: Wilson Witzel e mais 11 são denunciados e vão responder por organização criminosa

14/09/2020 20:04:30
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pela segunda vez, nesta segunda-feira, 14/9, o governador afastado do Rio de Janeiro Wilson Witzel.

Desta vez, ele é apontado como líder de uma organização criminosa que teria montado um esquema para o desvio de recursos públicos.

Além de Witzel, foram denunciados: Helena Witzel, primeira-dama; pastor Everaldo Pereira, presidente nacional do PSC; Edmar Santos, ex-secretário de Saúde; Lucas Tristão, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico; Gothardo Netto, ex-prefeito de Volta Redonda; Edson Torres, empresário; Victor Hugo Barroso, doleiro; Nilo Francisco da Silva Filho; Cláudio Marcelo Santos Silva; José Carlos de Melo, e Carlos Frederico Loretti da Silveira.

A denúncia aponta o governador afastado Wilson Witzel como chefe de uma organização criminosa lastreada em três principais pilares. O primeiro grupo seria encabeçado por Mario Peixoto. O segundo, por Pastor Everaldo, Edson Torres e Victor Hugo Barroso. E por fim, o terceiro grupo seria comandado por José Carlos de Melo.

O documento é assinado pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo. “Nesse diapasão, a organização criminosa, somente com esse esquema ilícito de contratação de organizações sociais na área de saúde, tinha por pretensão angariar quase R$ 400 milhões de valores ilícitos, ao final de quatro anos, na medida em que objetivava cobrar 5% de propina de todos os contratos”, diz a denúncia.

Além da condenação penal, o MP pede que Wilson Witzel perca o cargo de governador do Rio em definitivo. Também quer que os denunciados sejam condenados a pagar indenização de, no mínimo, R$ 100 milhões.

Em nota, o governador afastado do Rio criticou o que chamou de um “vazamento de processo sigiloso para me atingir politicamente. Reafirmo minha idoneidade e desafio quem quer que seja a comprovar um centavo que não esteja declarado no meu Imposto de Renda, fruto do meu trabalho e compatível com a minha realidade financeira”, diz Witzel.

Advogados de outros citados negaram o envolvimento dos acusados nos ilícitos e disseram que ainda não tinham tomado conhecimento da íntegra da denúncia.

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