Coronavírus: Mulheres aceitam mais o uso de máscaras do que os homens

20/05/2020 13:21:34
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Pesquisa realizada por americanos e britânicos tenta entender as diferenças de gênero no uso dos equipamentos de proteção pessoal. Homens disseram sentir “vergonha” de usar máscara em público

Um estudo realizado por pesquisadores britânicos e americanos analisou as diferenças de gênero no uso da máscara de proteção contra o novo coronavírus. Os estudiosos da Middlesex University, no Reino Unido, e do Mathemathical Science research Institute, nos Estados Unidos, descobriram que os homens são menos propensos a aceitar o uso da máscara do que as mulheres.

Segundo o estudo, realizado com 2.459 pessoas que moram nos Estados Unidos, 44% das mulheres endtrevistadas disseram que sempre usam a máscara em público. Entre os homens, esse número cai para 29%. Na outra ponta, 25% das mulheres disseram que nunca usam mascara quando saem de casa. Entre os homens, esse número sobiu para 38%.

O curioso é que essas diferenças deixam de existir em lugares onde o uso da máscara é obrigatório. Mesmo assim, os homens que participaram da pesquisa afirmaram que sentem “vergonha” e “estigma” quando usam a máscara. Os pesquisadores também descobriram que os homens concordam mais do que as mulheres com afirmações como “usar máscara no rosto não é legal”; “usar máscara é embaraçoso”; “usar máscara é um sinal de fraqueza”.

Descobrimos que os homens intencionam menos usar a máscara, mas que essa diferença quase desaparece nas localidades onde o uso é obrigatório. Também descobrimos que eles acreditam menos na possibilidade de serem seriamente afetados pelo novo coronavírus, e que isso explica parcialmente as diferenças de gênero em relação ao uso da máscara. Isso é particularmente irônico porque as estatísticas oficiais mostram que os homens são mais afetados seriamente pela Covid-19 do que as mulheres”, escreveram as pesquisadoras responsáveis pelo estudo, que ainda deve ser revisado por outros cientistas.

Os resultados não são exatamente uma surpresa. Pesquisas sobre o uso de máscara realizadas durante as epidemias de SARS e de H1N1 mostraram resultados semelhantes. As pesquisadores sugerem que ações voltadas especificamente para os homens sejam realizadas por governos.

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